Imagens da crueldade que matou estudante universitário

Sistema de monitoramento por câmeras ajudou a esclarecer o assassinato do estudante de Direito Tiago Klemtz de Abreu Pessoa, 19 anos. O rapaz foi morto com três tiros, disparados pelo soldado da Polícia Militar Omar Assaf Júnior, 29, na madrugada de 16 de agosto, em frente à Sociedade Harmonia, na Rua Júlia da Costa, Bigorrilho.

Além do depoimento de testemunhas, as imagens gravadas de um edifício, mostraram detalhes da crueldade do assassino. No depoimento, o soldado confirmou que estava na festa, foi intervir numa briga e se identificou como policial, mas durante a confusão atirou para se defender e não sabia que tinha atingido alguém. No entanto, testemunhas contaram que o PM perseguiu Thiago e as imagens confirmam que ele descarregou a pistola e efetuou 12 disparos a esmo.

Em seguida chegou perto do rapaz, colocou mais munição e acertou-lhe um tiro no peito, à queima-roupa, em seguida, segurou-o pelo cabelo e lhe deu dois tiros no rosto.

Benefício

O delegado Rodrigo Brown de Oliveira disse que o inquérito está concluído, e que o policial foi beneficiado com o relaxamento do flagrante, no entanto, imediatamente teve a prisão preventiva decretada.

“Todos os procedimentos foram tomados para que o processo fosse concluído com sucesso. Já encaminhamos cópia para a Polícia Militar anexar em seu inquérito administrativo”, contou o delegado.

Rapaz não se envolveu em briga

O tio de Tiago, Plínio Pessoa, entrou em contato com a Tribuna para esclarecer algumas informações que, segundo ele, foram divulgadas de forma incorreta. Ele disse que o sobrinho era tranquilo e bebia pouco, além disso, não se envolveu em nenhuma briga.

“Várias testemunhas afirmaram que ele estava parado, além disso tem as imagens do prédio confirmam que ele foi executado, sem chances de reação”, contou, indignado.

Plínio relatou que a informação que o policial foi impedido de entrar no estabelecimento não é verdadeira. “Várias pessoas confirmaram que ele chegou na festa e deixou a arma na chapelaria, mas quando começou a confusão, ele pegou a pistola e foi resolvê-la por conta própria”, completou.