fogo 'amigo'

Ex-PM suspeito de matar major será julgado no Tribunal do Júri

Pedro Plocharski foi promovido post-morten e ganhou fundação com seu nome. Foto: AEN
Pedro Plocharski foi promovido post-morten e ganhou fundação com seu nome no Umbará. Foto: AEN

Será julgado nesta quinta-feira (22) o ex-policial militar acusado de matar o major Pedro Plocharski, que à época exercia o cargo de comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, no Capão Raso, em Curitiba. O julgamento será realizado no Tribunal do Júri, às 9 horas.

Segundo investigações, o réu, que na época deveria cumprir pena na Colônia Penal Agrícola em regime semiaberto, seria o responsável pelos disparos contra a vítima. Outro ex-policial militar estaria dirigindo o veículo utilizado para a prática do crime, de acordo com o Ministério Público. Este, apesar de estar em liberdade, respondia a processos na Justiça e foi morto em confronto com a polícia civil, em janeiro de 2012.

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Em 2005, dois homens armados com uma metralhadora calibre 9 milímetros assassinaram com dezenas de tiros o major, que tinha 49 anos. O oficial havia deixado a sede do batalhão e seguia para sua casa, no bairro Umbará, quando foi surpreendido pelos criminosos. Sendo alvo de tiros, a vítima perdeu o controle do carro e saiu da pista. Plocharski estava fardado e carregava uma pistola calibre ponto 40. No local, foram recolhidas cerca de 20 cápsulas das balas que saíram da metralhadora. No Instituto Médico-Legal, foram constatadas perfurações no pescoço, peito, perna, braço e barriga da vítima.

As informações acerca do crime foram corroboradas com detalhes resultantes de interceptações telefônicas inicialmente produzidas e de seus desdobramentos. Embora não tenham apontado diretamente os autores, revelaram situações que indicaram fortes suspeitas sobre o envolvimento dos policiais com criminosos, em segmentos envolvendo armas, drogas, veículos e homicídios.

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