Barbeiragem?

Esquerda ou direita? Sinalização complicada causa freadas e buzinadas constantes em Curitiba!

Foto: Denis Ferreira Netto/Tribuna do Paraná.
Foto: Denis Ferreira Netto/Tribuna do Paraná.

O motorista que está na Rua Maranhão e chega à esquina com a Avenida República Argentina, no bairro Portão, em Curitiba, fica confuso se deve virar à direita ou à esquerda. O problema é com as placas de trânsito, pois uma diz que o sentido único é à direita e a outra diz que tem que virar à esquerda. Na verdade, o motorista não deve ficar mais tão confuso, pois uma semana após a Tribuna procurar a Secretaria de Trânsito (Setran) para pedir esclarecimentos (antes da publicação da matéria), as placas foram ajeitadas.

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Quem sobe a Rua Maranhão, quando chega na esquina com a avenida, vê primeiro uma placa colada no poste de luz, mostrando que o único caminho possível é virando à esquerda, ou seja, seguindo sentido terminal do Portão. Mas olhando um pouco mais à frente, outra placa diz que é proibido virar à esquerda, exceto os ônibus. Mas quando o motorista enxerga essa segunda placa, já está quase no meio da canaleta do expresso e dá “de cara” com os ônibus. Como há uma calçada à frente, não é possível acessar a pista que vai para a esquerda. E o motorista se vê perdido e confuso, tentando manobrar para sair de dentro a canaleta.

Há tantas freadas bruscas e buzinadas nesta esquina, que um comerciante local imprimiu uma placa de proibido virar à esquerda e a colocou, dentro de um plástico, no poste do semáforo. Mas o tempo já tratou de quase apaga-la e nenhum motorista a enxerga direito.

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Em menos de 5 minutos observando, a Tribuna flagrou  dois motoristas fazendo “barbeiragens”, confundidos pela sinalização. Na Rua Maranhão, o ônibus estava na pista da esquerda e o carro na pista da direita. Quando o semáforo abriu, ambos arrancaram para virar à esquerda. No meio da curva, ambos se “encrencaram”.

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Pra não bater no carro, o ônibus biarticulado fez uma curva mais fechada e não conseguiu espaço suficiente para terminar a curva. Travou o caminho. O motorista do carro, sem entender direito que estava errado, não conseguia seguir adiante porque do seu lado esquerdo havia um ônibus e a sua frente uma calçada. A única solução que encontrou foi voltar um tanto de ré e seguir para a direita, dentro da canaleta mesmo, arriscando levar uma multa, visto que havia vários carros da Secretaria de Trânsito (Setran) no local.

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A segunda “barbeiragem” foi de um motociclista, que se confundiu igual ao carro. Quando viu que estava errado, manobrou a moto, quase se desequilibrando dela, e seguiu pela pista correta na Avenida República Argentina, ou seja, virando à direita.

Alta, suja e escura

Em cima do semáforo há uma placa, com o desenho correto de como funcionam as pistas ali naquela esquina. Mas ninguém enxerga a placa direito, porque além dela estar muito alta e suja, quase encostada nas folhas das árvores, às vezes o motorista fica ofuscado pelo sol e não entende a placa.

Nossa equipe questionou uma agente da Setran, que parou com uma Kombi da Secretaria naquele semáforo, bem na hora que a reportagem observava o trânsito. Ela disse ao fotógrafo Denis Ferreira Netto que sabia que o correto era virar à direita porque ela já conhecia a esquina. “Mas e quem não conhece?”, questionou o fotógrafo. Então a agente mostrou a placa mais ao longe, que diz que é proibido virar à esquerda. Então Denis mostrou a ela que numa placa era obrigado virar à esquerda e a outra à direita. Aí a agente percebeu que a sinalização era incongruente e confundia o motorista. O sinal abriu, e o “bate papo” encerrou ali.

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E aí, Prefeitura?

Logo que a reportagem esteve no local, pediu um posicionamento à prefeitura e foi informada que a Setran iria programar uma vistoria ao local para trocar a placa diagramada, instalada junto ao semáforo, e verificar a posição das demais sinalizações para os ajustes que forem necessários.

Pelo visto, a Setran realmente fez a vistoria e foi bastante rápida na correção, pois antes que a reportagem fosse publicada, a Secretaria corrigiu a “confusão” da sinalização na tarde da última sexta-feira.

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