Ocupação em queda

Curitiba deve desativar leitos de UTI para covid-19 pra atender cirurgias eletivas e outros pacientes

Equipe médica atende paciente em leito de UTI para covid-19. Foto: Geraldo Bubniak/AEN

A Secretária Municipal de Saúde de Curitiba planeja nos próximos dias diminuir a utilização de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para covid-19. A ideia é repassar estes leitos para outros pacientes que precisam realizar cirurgias eletivas, fazer exames ou serem atendidos com mais urgência. A atual taxa de ocupação para o novo coronavírus está em 77% com 77 leitos livres, segundo dados do último boletim epidemiológico de Curitiba, divulgado na sexta-feira (25). (confira lista abaixo).

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Em Curitiba, o pior momento da pandemia nos hospitais ocorreu em julho, quando 94% das UTIs estavam preenchidas. Com a redução dos números, a capital vai voltar neste domingo (27), a adotar a bandeira amarela que flexibiliza medidas sanitárias, especialmente ao comércio, com a possibilidade de funcionar integralmente nos fins de semana.

A secretária municipal de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, falou durante a transmissão do último boletim, sobre a possibilidade de reduzir as UTIs para os pacientes infectados pela covid-19. Segundo ela, os números de ocupação nas UTIs da cidade diminuíram e ainda que fiquem na margem de 80 a 85%, o atendimento para outras enfermidades também vai ter prioridade.

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“Vamos fazer um ajuste por conta disso e temos que voltar a fazer cirurgias eletivas. Vamos atender pessoas que estão precisando de atendimento, procedimentos e exames diagnósticos com demanda de urgência. A gente vai manter a nossa taxa de 80% a 85%, um parâmetro de funcionamento de uma UTI com boa eficiência”, explicou Márcia.

Dados da pandemia

Em Curitiba, 42.805 pessoas testaram positivo para a covid-19 desde o início da pandemia, dos quais 37.748 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença. São 3.811 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. Até agora são 1.246 mortes na cidade. Os dados são boletim municipal de sexta-feira (25).

Ocupação em hospitais Curitiba e RMC

Cruz Vermelha – UTIs (75%), Enfermaria como todos os leitos vagos

Erasto Gaertner – UTIs (30%), Enfermaria (60%)

Santa Casa – UTIs (66%), Enfermaria (70%)

Clínicas – UTIs (89%), Enfermaria (93%)

São Vicente – UTIs (60%), Enfermaria com todos os leitos vagos

Evangélico Mackenzie – UTIs (91%), Enfermaria (63%)

Idoso – UTIs (100%), Enfermaria (100%)

Trabalhador – UTIS (82%), Enfermaria (44%)

Reabilitação – UTIs (94%), Enfermaria (46%)

São José dos Pinhais: Hospital Municipal (UTIs com 70%)

Campo Largo: Hospital do Rocio (UTIs com 90% e enfermaria com 21%) e São Lucas Parolin (UTIS com 100% e enfermaria com 91% ocupadas)