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Cidade 30 km de Curitiba processa 12% de todo o combustível do Brasil

Imagem aérea mostra o portal de Araucária em um dia de sol. com árvores ao lado e carro passando na estrada.
Araucária é referência no Paraná e no Brasil na produção de derivados de combustíveis fósseis. foto: Arquivo/Tribuna do Paraná.

Localizada a quase 30 quilômetros de Curitiba, Araucária é referência no Paraná e no Brasil na produção de derivados de combustíveis fósseis. O município abriga a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), inaugurada em 1977 e considerada a maior indústria em porte do Sul do país.

A produção inicial era de 20 mil m³/dia de petróleo. Quase cinco décadas depois, a refinaria alcançou recordes históricos de fabricação de gasolina e asfalto no ano passado. A produção de asfalto superou o marco anterior, registrado em 2010, e atingiu 481 mil toneladas, equivalente a 12% de toda a produção nacional. 

O volume total de gasolina chegou a 3,5 bilhões de litros, ultrapassando o recorde obtido em 2023. Para ilustrar, essa quantidade seria suficiente para manter abastecidos, por um ano inteiro, os tanques completos de 199.771 carros populares do modelo Fiat Argo.

Localizada na Rodovia do Xisto, a refinaria recebe petróleo de dois terminais marítimos e três oleodutos. Do Litoral, a carga chega pelos portos de Paranaguá e de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. Os oleodutos também conectam a Repar a outras cidades paranaenses e ao estado vizinho.

Após o processo de refinamento, os produtos seguem para sete bases de distribuição instaladas em Araucária. A refinaria destina 85% da produção ao abastecimento do Paraná, Santa Catarina, sul de São Paulo e Mato Grosso do Sul. O excedente é distribuído para outras regiões do país ou exportado.

Imagem mostra a refinaria da Repar, em Araucária.
Imagem mostra a refinaria da Repar, em Araucária. Foto: Arquivo/Tribuna do Paraná.

Refinaria já foi palco de tragédia

Com um processo complexo e dividido em várias etapas, a Repar também já registrou episódios marcantes. Em 2000, o rompimento do Oleoduto Santa Catarina–Paraná (OSPAR) provocou o vazamento de uma grande quantidade de petróleo, que atingiu a bacia do Arroio Saldanha e os rios Barigui e Iguaçu.

Os quatro milhões de litros de óleo cru espalharam-se por quase 100 quilômetros, afetando uma vasta Área de Preservação Permanente (APP) da Mata Atlântica e causando danos à flora, à fauna e à qualidade da água e do ar. A Petrobras foi condenada a pagar R$ 610 milhões em indenizações.

Após o caso, a empresa adotou postura mais cautelosa em relação ao meio ambiente e modernizou suas operações. A refinaria passou a operar com unidades dedicadas à segurança e ao tratamento mais eficiente dos derivados. A Petrobras também reduziu a intensidade de emissões de poluentes no refino, registrando em 2024 o menor índice desde 2019.

Mesmo consolidada como gigante do setor, a empresa projeta ampliar sua participação no mercado. O atual Plano de Negócios da Petrobras para o Brasil prevê, até 2029, investimentos de US$ 19,6 bilhões no segmento RTC, um aumento de 17% em relação ao plano anterior.

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