A chuva de meteoros Perseidas, uma das mais populares, atingirá o pico máximo de atividade entre a noite desta terça-feira (12) e madrugada de quarta-feira (13). O fenômeno ocorre anualmente e fica visível entre meados de julho e até o final de agosto.
O astrônomo Dr. Marcelo De Cicco, coordenador do Projeto Exoss, parceiro do Observatório Nacional (ON/MCTI), explica que na noite do pico da chuva, a Lua estará 84% cheia, comprometendo a observação do fenômeno no momento da atividade máxima. Portanto, apenas os meteoros mais brilhantes serão vistos.
“É importante notar que não há horário definido de pico e que a melhor hora de observação será durante a madrugada, a partir das 3 da manhã, aproximadamente, dependendo da região, quanto mais ao Sul mais tarde será a visibilidade, mas a Lua irá atrapalhar a visualização”, disse o astrônomo.
Chuva de meteoros Perseidas será visível em Curitiba?
De acordo com o meteorologista do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) Paulo Barbieri a partir das 22 horas desta terça-feira (12) pode ocorrer nevoeiro em Curitiba e região, se estendendo até a madrugada.
Na quarta-feira (13) existe a previsão de aproximação de uma frente fria pelo oceano, que não deve provocar chuva, mas causa nebulosidade. Portanto, com a visibilidade prejudicada, será difícil observar a chuva de meteoros Perseidas em Curitiba e Região Metropolitana (RMC).
Como observar as chuvas de meteoros?
O Observatório Nacional (ON) revela que a chuva de meteoros Perseidas é mais favorável para observadores do Hemisfério Norte. Em condições ideais, é possível ver de 50 a 75 meteoros por hora. No entanto, no hemisfério sul, a observação será mais limitada, especialmente, por conta da lua.
Para tentar observar as chuvas de meteoros é necessário estar em um local com baixa poluição luminosa. Recomenda-se procurar um local escuro, afastado das grandes cidades, para evitar a poluição luminosa. Deve-se apagar as luzes em volta e é necessário que o céu esteja limpo.
Cometa Swift-Tuttle
Segundo o ON, as Perseidas resultam da passagem da Terra através dos detritos deixados pelo cometa Swift-Tuttle, que passou perto do planeta pela última vez em 1992. A chuva atinge o pico quando a Terra atravessa a parte mais densa e empoeirada desses detritos.
O cometa Swift-Tuttle foi descoberto independentemente pelos astrônomos Lewis Swift e Horace Tuttle, em 1862. Quando passou pela Terra pela última vez em 1992, era muito fraco para ser visto a olho nu. A próxima passagem, prevista para 2126, poderá torná-lo visível a olho nu.
O radiante (local de onde os meteoros parecem surgir) das Perseidas está localizado na constelação de Perseu.
*Com informações do Observatório Nacional
