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Chuva aumenta volume de reservatórios da Grande Curitiba, mas rodízio segue sem data pra terminar

Barragem do Passaúna, uma das que compõem o sistema de abastecimento de Curitiba e região estava com 55,83% de sua capacidade. Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná.

O nível dos reservatórios de Curitiba e região metropolitana subiu após a chuva de quarta-feira (12), mas o rodízio no abastecimento de água segue ativo e não tem prazo para terminar. Para os próximos dois meses, a expectativa que a quantidade de chuva venha a ser maior pela queda da influência do fenômeno La Niña.

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De acordo com a Sanepar, empresa responsável pelo abastecimento de água no Paraná, o atual volume dos reservatórios chegou a 54,92% nesta quinta-feira (13), um acréscimo de 1,38% em relação aos últimos dias. O número pode não ser muito expressivo, mas pode ser comemorado para os especialistas. Júlio Gonchorosky, diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, reforça que a chuva foi bem interessante, mas poderia ser mais contínua.

“É um número bastante interessante, uma chuva super boa que chegou a 60 mm. O ideal que fosse por três dias consecutivos atingindo 20 mm por dia, pois a agua teria penetrado melhor no solo, com mais água escoando aos rios e reservatórios, ou seja, um aproveitamento. Não vamos reclamar e a tendência que ainda suba o nível com esta chuva que caiu”, disse Gonchorosky.

Ainda sobre a recente chuva, historicamente a chuva no mês de maio chega a 80mm e em apenas 24 horas, o índice se aproximou. No mês passado, choveu pouco menos de 9 mm, ou seja, a chuva de quarta foi superior seis vezes ao que ocorreu em abril. Para os próximos dias, não se tem uma previsão de chuva segundo o Simepar.

Projeção otimista

Para os próximos dois meses (junho e julho), a Sanepar espera que as chuvas sigam a rotina histórica. Para junho e julho, a média sobe e alcança até 106 mm (junho) e 98 mm em julho, devido à queda de influência do fenômeno La Niña. “Temos uma projeção que os reservatórios fiquem acima dos 50% e isso acontecendo, vamos manter o mesmo rodízio. Se baixar o nível de 50% como ocorre em agosto quando a média de chuva cai para 79 mm, e a estiagem permanecer, tomaremos outras medidas”, completou o diretor da Sanepar.

O atual cenário é positivo quando consideramos o histórico recente de estiagem em todo o Paraná. O estado, especialmente a região de Curitiba, sofreu com um rodízio severo no abastecimento de água, deixando domicílios 36 horas sem água e 36 horas com água. Foram meses com chuvas abaixo da média. Com a melhora da situação, o nível dos reservatórios superou a margem de segurança de 60%, permitindo à Sanepar suavizar a restrição na distribuição de água para os consumidores.