Cuidado

Casos de febre maculosa põem Curitiba em alerta; Capivaras serão monitoradas

Prefeitura de Curitiba intensifica o monitoramento das capivaras na cidade. - Na imagem, Capivaras no parque Barigui. Foto: Cesar Brustolin/SMCS

Secretaria Municipal do Meio Ambiente, por meio do departamento da Pesquisa e Conservação da Fauna, monitora as 188 capivaras que existem na capital paranaense. Com o recente surto de febre maculosa em Campinas, interior de São Paulo, a Prefeitura de Curitiba redobrou os cuidados com o monitoramento. Na cidade, não há nenhum caso da doença que é transmitida pelo carrapato infectado pela bactéria do gênero Rickettsia.

“O clima frio de Curitiba não favorece a existência de superpopulação de capivaras e nem de carrapatos, situação reforçada pela constante manutenção com roçadas e limpeza nas áreas de lazer dos parques municipais. Não há registro de casos de febre maculosa em Curitiba”, explicou o diretor do departamento da Preservação e Conservação da Fauna, Edson Evaristo. 

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A Prefeitura de Curitiba, desde 2015, intensificou o monitoramento das capivaras na cidade. Em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e com a Unidade de Vigilância de Zoonoses da Secretaria Municipal da Saúde, pesquisadores do Museu de História Natural Capão da Imbuia vêm monitorando as populações de capivaras na cidade, bem como a ocorrência e a distribuição de carrapatos nos parques de Curitiba.

Em setembro de 2022, o Museu de História Natural Capão da Imbuia sediou e apoiou a realização do evento Capacitação em Biologia e Taxonomia de Carrapatos de Importância em Saúde Pública, promovido pela Seção de Vigilância Ambiental, Sanitária e Saúde do Trabalhador da 2ª  Regional de Saúde Metropolitana – Secretaria Estadual da Saúde do PR.

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“Embora historicamente não tenha sido detectada em nenhum momento a presença do agente causador da febre maculosa nas nossas capivaras, julgamos importante manter o acompanhamento para garantir segurança sanitária no convívio em harmonia entre animais e humanos nos parques”, completou Evaristo.

Cuidados

É importante ressaltar que as capivaras são animais silvestres nativos e que vivem há muito tempo no curso dos rios, mesmo aquelas que agora se encontram em condição urbana. Elas são, portanto, animais protegidos pela Constituição Federal (artigo 225) e pela Lei Federal 9605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).

Entretanto, é importante advertir que o espaço da fauna selvagem deve ser respeitado e não devem ocorrer interações com os animais que vivem nos parques. Nesse sentido, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente instalou placas para alertar sobre a aproximação indevida com as capivaras do Parque Barigui.

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“Por mais dóceis que pareçam, não podemos esquecer que as capivaras são animais silvestres e é impossível prever a reação com a aproximação e o contato humano e de animais domésticos”, disse Evaristo.

A coordenadora da Unidade de Vigilância de Zoonoses, Ana Paula Mafra, orienta que os cuidados da população também devem se estender quando forem fazer trilhas fora de Curitiba. “É bom vestir roupas longas e claras e usar repelente. Se por um acaso a pessoa encontrar carrapatos no corpo dela e tiver algum sintoma clínico, procure assistência médica e avise que foi para aquela área”, explicou Ana.

Ministério da Saúde 

Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), um caso de doença febre maculosa foi confirmado em Foz do Iguaçu, no Oeste. Na região há outras 43 notificações em análise.

No Brasil, este ano, já foram confirmados 53 casos da doença, dos quais oito resultaram em mortes. A maior concentração de casos é verificada nas regiões Sudeste e Sul e ocorrem de forma esporádica. 

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