Novos rumos

Caso Evandro será reanalisado após TJ aceitar áudios com indícios de tortura

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Foto: Reprodução/Arnaldo Alves/Gazeta do Povo/Arquivo

Os áudios que contêm indícios de que réus foram torturados para confessar que haviam participado do crime que ficou conhecido nacionalmente como Caso Evandro, no Paraná, poderão ser utilizados como provas na revisão do processo. As gravações estavam nos autos processuais desde o período da condenação, mas os trechos que indicavam possíveis torturas não haviam sido utilizados. Eles só vieram à tona quase três décadas depois.

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A decisão pela utilização do material foi decidida pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na quinta-feira (24), com três desembargadores favoráveis e dois contrários à utilização. Os votos contrários defenderam a necessidade de perícia no material.

Com a autorização, as fitas contendo as gravações, que indicam que os suspeitos teriam sofrido torturas e foram orientados pela polícia sobre o que dizer, serão utilizadas na íntegra pela defesa, em benefício dos acusados. O mérito da revisão criminal será retomado para discussão pelo colegiado no TJ-PR em duas semanas.

O advogado de defesa que pediu a inclusão dos áudios no processo destacou que a revisão poderá, inclusive, levar à anulação do processo. Sete pessoas foram indiciadas e quatro foram condenadas pelo crime.

As fitas indicariam que Beatriz Abagge – que foi acusada de ser uma das articuladoras do sequestro e morte do menino Evandro; Osvaldo Marcineiro; Davi dos Santos Soares e Vicente de Paula teriam confessado o crime sob tortura.

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Todos foram condenados pelo sequestro e morte da criança que, segundo divulgado pelas investigações na época, teria sido sob encomenda para um ritual de sacrifício humano. O caso já teve cinco julgamentos diferentes.

Criança desapareceu em 1992

O menino Evandro Ramos Caetano foi morto em 1992 no município de Guaratuba, no litoral do Paraná. Ele tinha seis anos quando desapareceu, em abril daquele ano, no trajeto entre a escola e a casa dele. A criança estava na escola com a mãe, que trabalhava na instituição de ensino. Mas ele voltou sozinho para casa para buscar um brinquedo que havia esquecido e nunca mais foi visto.

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Dias depois, o corpo que seria do menino foi localizado com sinais de muita violência. O pai reconheceu Evandro por identificar um pequeno sinal nas costas do filho.

O crime aconteceu em um período em que diversas crianças estavam desaparecendo. Na época, as suspeitas eram de que elas passavam por rituais, já que os corpos traziam indícios de tortura.

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