Aproveitadores

Casal que vendia álcool gel feito com “receitas” da internet é preso na RMC

Fábrica clandestina de álcool gel é fechada pela Polícia Civil em Piraquara. Foto: Polícia Civil

Um casal foi preso nesta segunda-feira (13) em Piraquara, região metropolitana de Curitiba, por produzir e vender álcool gel e outros produtos de limpeza falsificados. Por causa da alta procura por álcool gel durante a pandemia de coronavírus, vem aumentando este tipo de prisão por parte da Polícia Civil em todo o Paraná.

Os suspeitos, um homem de 47 anos com formação em Economia, e uma mulher de 42 anos, produziam o álcool e outros produtos a partir de tutoriais da internet, mas sem permissão nenhuma dos órgãos sanitários. As vendas eram feitas pela internet e WhatsApp, principalmente para clientes de Curitiba.

NÃO SEJA ENGANADO – Farmacêutico dá dicas de como evitar a compra de álcool gel falsificado

A fábrica clandestina era no bairro Guarituba. A operação teve acompanhamento da Vigilância Sanitária do município. A partir de “receitas” buscadas na internet, o casal usava produtos como ácidos e soda líquida para produzir, além do álcool gel, água sanitária, alvejantes, sabão e outros produtos irregulares.

Risco pras crianças

De acordo com os investigadores do Núcleo de Repressão a Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), duas questões em relação ao álcool gel geraram preocupação. Vendidos como alcóol-gel perfumado, o produto tinha forte cheiro de tutti-frutti e eram envasado em garrafas plásticas de energéticos sem qualquer rótulo, o que poderia induzir crianças a consumir esses produtos.

VEJA MAIS – Paraná faz testes para verificar qualidade de álcool gel

O produto falso era feito com álcool líquido 96°, que é altamente inflamável, aumentando ainda mais o risco. Este tipo de álcool na forma líquida tem a venda e distribuição proibida em mercados desde 2013 pelo grande volume de acidentes com queimaduras que causava.

O casal foi autuado em flagrante por falsificação ou adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, que é hediondo e inafiançável. Se condenados podem pegar de 10 a 15 anos de prisão.