Briga de trânsito termina em agressão

Briga de trânsito terminou com um motorista ferido a golpes de barra de ferro, ontem de manhã, no centro. A confusão aconteceu por volta das 10h15 na Rua Marechal Deodoro. A vítima foi levada ao hospital e o agressor, detido.

O instalador de luminosos Cristiano Willian Correia, 31 anos, disse que tentava estacionar seu Tempra e o motorista do Uno que vinha logo atrás, o arquiteto Luiz Henrique Pinto Dias, 40 anos, começou a buzinar. A mulher do arquiteto, que também estava no carro, contou que Cristiano não tinha dado sinal para parar e demorava para fazer a manobra.

Nervosos, os dois motoristas perderam a cabeça, começaram a discutir e a se digladiar no meio da rua. O motorista do Tempra alega que foi agredido primeiro e, para se defender, pegou a barra de ferro de dentro do carro. “Ele saiu no braço e eu revidei. Corri para o carro e peguei a barra que eu ia usar para fixar uma placa luminosa. Foi um impulso”, lamentou o instalador, que ficou com a camiseta manchada com o sangue do desafeto e teve os óculos quebrados.

Cristiano foi contido por populares até a chegada da Guarda Municipal, que o encaminhou ao 1.º Distrito Policial (centro). O arquiteto, ferido na nuca, foi levado ao Hospital Cajuru. Na delegacia, a esposa da vítima, contestou a versão de Cristiano. “Ele desceu do carro e, quando viu que meu marido era maior que ele, pegou a barra”, contou a mulher, que tirou as chaves da ignição do Tempra para que o motorista não fugisse.

Inquérito

Como a vítima foi internada no hospital e seus machucados foram considerados graves, a Polícia Civil instaurou inquérito policial por lesões corporais. Cristiano foi interrogado e liberado. O arquiteto, quando sair do hospital, será ouvido na delegacia e encaminhado a exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal.

O superintendente Adolfo Rosevicz explicou que vai aguardar o laudo do IML, que definirá se a vítima sofreu lesões de natureza grave (que não traz sequelas, mas causa a paralisação das atividades da vítima por até 30 dias) ou gravíssimas (que acarretam sequelas). A barra de ferro usada por Cristiano também foi levada à perícia, no Instituto de Criminalística.