Corrente do bem

Ateliês se unem com a ajuda de universidade e produzem aventais pra hospitais de Curitiba

Foto: Divulgação

Ateliês de Curitiba estão se unindo na produção de equipamentos de proteção individual (EPI) que serão utilizados por profissionais de saúde na prevenção do novo coronavírus. A união dos estilistas deve proporcionar ao menos mil aventais que serão doadas aos hospitais nos próximos dias. O sonho dos idealizadores do projeto é aumentar em oito vezes a produção, para atender 8 mil pessoas.

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A ideia surgiu dentre os coordenadores dos cursos universitários da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) que, preocupados com a pandemia do Covid-19, decidiram procurar um meio de colaborar com a sociedade. Com contatos em diversas áreas de formação, o desafio foi somar forças para aumentar a rede de solidariedade na capital paranaense.

A partir daí, começou a etapa para alcançar os estilistas que estariam dispostos a ajudar. As irmãs Mirna e Mirela da marca Egueiras, Alexandre Linhares e Thifany F. e a Marinela Buso, do Rafas Confecções aceitaram o desafio de dar um tempo na produção das próprias marcas para ajudar quem está frente a frente a doença.

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Gabriela Garcez Duarte, é coordenadora do curso de Design da PUCPR e foi a responsável por formar este time. “ O resultado deste apoio irá ajudar demais. Estamos contando ainda com a colaboração da Unimed que está pagando as costureiras. Os itens serão doados para hospitais como o Cajuru e o Marcelino Champagnat e teremos mil aventais nos próximos dias”, ressaltou a coordenadora.

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Depois de entregar as doações, o objetivo do projeto é atingir ainda mais gente. Para tanto, espera-se um apoio de uma empresa para patrocinar a rede dos ateliês que alcance 8 mil pessoas. “ Não é fácil, mas esperamos que alguém nos ajude. São muitos costureiros que estão sem renda e precisam ter um sustento. Imagino que podemos chegar a 700 famílias que vivem da costura “, comentou Gabriela.

Paralisação da marca

As irmãs Mirna e Mirela começaram a produzir há cinco anos algumas peças que eram vendidas especialmente para amigos. Com o passar do tempo, a confecção aumentou e hoje, a marca Egueiras tem até loja própria. Para seguir com o esforço de produzir itens para os profissionais de saúde, as irmãs interromperam a própria produção.

Mirela Nogueira de Alencar, uma das sócias, acredita que o esforço em conjunto dos ateliês fará a diferença e que a marca seguirá firme mesmo com a paralisação de alguns dias. “ Vamos entregar por parte e estamos na correria. É um prazer enorme estar nesta corrente do bem e estamos muito felizes pelo reconhecimento”, disse Mirela.