Pancada no portão!

Acesso a estacionamento de empresa é um risco constante! Local já registrou diversos acidentes

Funcionários da Serpro já perderam as contas de quantos acidentes no acesso ao pátio da empresa. Foto: Gerson Klaina.
Funcionários da Serpro já perderam as contas de quantos acidentes no acesso ao pátio da empresa. Foto: Gerson Klaina.

O binário da Rua Mateus Leme já está em funcionamento há mais de seis meses e é esse o tempo em que a rotina dos funcionários de uma empresa de tecnologia da Rua Carlos Pioli, no Bom Retiro, em Curitiba, mudou completamente. Funcionários entrevistados pela Tribuna alegam que as mudanças no trânsito têm provocado vários acidentes, um deles já até tirou a vida de uma motociclista de 57 anos.

Segundo quem precisa entrar na empresa, que fica bem próxima ao cruzamento da Rua Carlos Pioli com a  Rua Mateus Leme, depois que o binário chegou, a situação piorou. “Quem vem da Mateus Leme tem acesso a Carlos Pioli e aí fica difícil não só para entrarmos à esquerda, no prédio da empresa, mas também para os pedestres”, detalhou um dos funcionários entrevistados pela reportagem, mas que preferiu não ser identificado.

Desde novembro do ano passado, vários acidentes já aconteceram no mesmo trecho da rua. “Já até perdemos as contas, mas o pior é que todos os acidentes que aconteceram ali foram praticamente iguais, envolvendo moto ou carro, e infelizmente tivemos até uma morte”, detalhou o homem.

Como os horários de maior fluxo de veículos são pela manhã, na hora do almoço e ao fim da tarde, o funcionário explicou que são estes os maiores problemas. “Porque aí concentra muitos carros e os motoristas que descem pela Carlos Pioli exageram na velocidade. Você acha que dá tempo de entrar na empresa e não dá”.

Nada é feito!

Outro funcionário entrevistado pela reportagem, que também não quis ser identificado, contou que assim que perceberam que as mudanças iriam dificultar a situação do trânsito no acesso à empresa, foram abertos vários protocolos pelo 156. “Até mesmo a própria empresa abriu um desses protocolos, pedindo a implantação de uma travessia elevada ou uma lombada, para diminuir a velocidade dos carros, mas até agora nada”. O homem contou que, pelo que coletou com os colegas de trabalho, já são mais de 30  protocolos abertos e, enquanto nada é feito, os acidentes continuam acontecendo. “A prefeitura tem que tomar providência. Essa morte, por exemplo, poderia ter sido evitada porque faz tempo que nós abrimos os protocolos, até antes mesmo de o acidente fatal acontecer. Para a prefeitura não custa fazer uma lombada”, desabafou.

O que diz a prefs?

Procurada, a Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) informou à Tribuna que “vai debater com a Serpro a possibilidade de parceria para uma melhor sinalização e/ou correção de geometria com canteiro no centro da via”. Em nota, a Setran informou que também avalia a possibilidade de tornar obrigatória a entrada de veículos somente pela direita, sem conversão à esquerda no meio da quadra e que, de qualquer forma, “reforça a orientação ao respeito do limite de velocidade regulamentado nas vias, bem como a prudência do motorista”.

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