O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 5,7% no segundo trimestre do ano em comparação a igual periodo de 2003. Esse é o maior crescimento trimestral, em relação ao mesmo período do ano anterior, desde o terceiro trimestre de 1996 quando a taxa alcançou 6,3%. Na mesma base de comparação, a indústria cresceu 6,6%, a agropecuária (5%) e os serviços (4,4%).
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que, no segundo trimestre do ano, o valor adicionado a preços básicos aumentou 5,3% e os impostos sobre produtos, 9,1%.
Segundo o IBGE, o aumento dos impostos sobre os produtos reflete o comportamento dos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos para a indústria de transformação) e bens de consumo.
?O aumento das vendas desses bens, que sofrem maiores taxações, implica no imediato crescimento de impostos sobre produtos”, explica Roberto Olinto, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.
No setor industrial, o IBGE ressalta a expansão, no período, do subsetor indústria de transformação (8,5%), impulsionada pelos aumentos da produção nas categorias de bens duráveis (com destaque para veículos automotores) e de bens de capital.
De acordo com o IBGE, a construção civil também se destaca na base de comparação, ao crescer 6,7% após cinco trimestres consecutivos de queda.
Segundo o Instituto, o crescimento de 5% na agropecuária pode ser explicado por safras relevantes no segundo trimestre, como as de coco e arroz em casca.
Já a expansão do setor serviços, de 4,4%, foi generalizada, inclusive no subsetor Comunicações, que vem de três trimestres de queda e fechou o segundo trimestre do ano com variação de 0,1%.