Cota nas universidades não pode ser medida “isolada”, defende UNE

Brasília ? O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Gustavo Petta, defende que o projeto que reserva 50% das vagas nas universidades federais para estudantes que cursaram todo o ensino médio em escolas públicas é uma "reivindicação histórica" do movimento estudantil. Mas Petta disse esperar que a reserva de vagas não ocorra de forma "isolada".

"É necessário que se amplie os investimentos nas universidades e melhore o ensino nas escolas públicas", destacou, em entrevista à Agência Brasil, hoje (13). Petta disse que essa é uma "medida emergencial" que permitirá o acesso de estudantes de escolas públicas nas universidades. Hoje à tarde, o presidente da UNE e outros representantes de movimentos sociais se reúnem com o secretário-executivo do Ministério da Educação, Jairo Jorge, para discutir o assunto.

O projeto que estabelece as cotas foi aprovado em caráter conclusivo na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara e, portanto, pode seguir direto para análise no Senado. Mas o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) já defendeu que o projeto seja votado em plenário. Para que isso ocorra, algum deputado deve apresentar recurso nesse sentido. O projeto estabelece ainda que, na reserva de 50%, um percentual seja destinado a negros e índios.

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