Copel x Tradener: novo alvo na mira do Governo do Paraná

O Governo do Paraná está investigando mais um contrato firmado pela administração anterior da Copel e que pode ter causado prejuízos milionários à empresa e aos cofres do Estado. Desta vez, a denúncia envolve, entre outros, o nome do advogado Luiz Alberto Blanchet, que mesmo sendo gerente jurídico da companhia era, ao mesmo tempo, um dos sócios da DWG, uma das empresas societárias da Tradener, comercializadora de energia constituída pela própria Copel.
Segundo a atual administração da Copel, a participação do advogado na Tradener fere a legislação que regula a administração das sociedades anônimas e as leis que regem o exercício profissional da advocacia. A própria constituição da Tradener é considera irregular porque ocorreu sem a necessária licitação pública. O advogado Luiz Alberto Blanchet também é suspeito de ter atuado como consultor na criação da Tradener.
Os primeiros levantamentos apontam que a Tradener surgiu do aproveitamento da Lei Estadual 11.740/97, que autorizava a Copel a formar parcerias para ampliar suas atividades. A criação da empresa ocorreu em 1998, com um capital de apenas R$ 10 mil. O primeiro parceiro da Tradener foi a empresa paulista Logos Engenharia, do empresário Fábio Ramos, também um ex-funcionário da Copel.
Além de Fábio Ramos e Luiz Alberto Blanchet, foram beneficiados também como sócios da Copel o então assistente da presidência da companhia, Walfrido Ávila, e o empresário Donato Gulin, do ramo do transporte coletivo de Curitiba. Entre os membros dos conselhos deliberativo e fiscal da Tradener figuravam os nomes de César Antonio Bordin, também preso na última terça-feira, e Mário Roberto Bertoni, foragido da justiça.

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