O consumo de gás natural no Brasil cresceu 3,9% em junho, na comparação com maio, atingindo uma média de 37,2 milhões de metros cúbicos por dia. Em relação a junho de 2003, a expansão foi de 24,7%. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) divulgado hoje (10), houve uma demanda maior por gás natural em todas as regiões e segmentos de consumidores. No acumulado de janeiro a junho, o crescimento foi de 26,2% sobre igual intervalo de 2003.
O bom resultado pode ser medido pelo consumo das usinas termoelétricas, que cresceu 8,5% em junho. A influência das baixas temperaturas também elevou o uso do combustível nos segmentos comercial (21,6 %) e residencial (41,1%). Já o setor industrial registrou um consumo 1,4% maior no mês.
Por região, o resultado sofreu impacto do aumento da produção nas usinas termoelétricas no Nordeste – área em que o consumo cresceu 6,1% -, apesar das chuvas dos últimos meses. O consumo no Sul foi 17,6% maior, influenciado pelas baixas temperaturas nesta época do ano. A retomada da economia, com a elevação do consumo industrial, puxou o crescimento no Sudeste (1,3%). No Centro-Oeste, o consumo avançou 1,7%.
Veículos – O crescimento da base de consumidores da indústria do gás natural canalizado no Brasil foi observado, em todos os segmentos, entre dezembro de 2002 e junho de 2004. A utilização do gás natural nos veículos, por exemplo, cresceu 67 3% no período. No final de 2002, o Brasil possuía 511 postos com Gás Natural Veicular (GNV). Em junho, o número saltou para 855. Os consumidores residenciais passaram de 970 mil para 1,073 milhão, um incremento de 11%.
No setor industrial, o número de consumidores cresceu 23%, de 1.698 para 2.086. No comércio, os usuários subiram de 17.789 para 18.986, um aumento de 7%. As termoelétricas em operação no País eram 14 em dezembro de 2002. Em junho, o número era de 19, um crescimento de 36%.