Clubes recorrem de punições por escândalo na Itália

Juventus, Lazio, Fiorentina e Milan vão recorrer hoje das punições impostas pela Comissão de Apelo Federal da Federação Italiana de Futebol (FIGC) na última sexta-feira, por causa do envolvimento no escândalo de manipulação de resultados e pressão sobre árbitros e jogadores nas últimas duas temporadas do Campeonato Italiano. O prazo para recurso vence à meia-noite de amanhã (19 horas de Brasília de hoje)

A Juventus é o único time que admite culpa – o escândalo derrubou toda a diretoria do clube – e aceita o rebaixamento para a Série B (segunda divisão), mas não admite iniciar a temporada com 30 pontos negativos. Além disso, quer de volta os títulos de 2005 e 2006, cassados pela Comissão. A Fiorentina e a Lazio, rebaixadas e com 12 e 7 pontos a menos, respectivamente, não aceitam a punição, assim como o Milan, que não caiu, mas perdeu a vaga na Liga dos Campeões e começaria a série A deste ano com 15 pontos negativos

O promotor Stefano Palazzi também quer recorrer, pois considera as punições brandas. Em seu relatório final, ele pedia o rebaixamento do Milan para a Série B e da Juventus para a C1 (terceira divisão). Os recursos devem começar a ser analisados na sexta-feira, e a data-limite para o resultado é 27 de julho, dia em que a FIGC deve indicar à Uefa que clubes disputarão a Liga dos Campeões e a Copa da Uefa – inicialmente, Juventus e Fiorentina também estariam na Liga, enquanto a Lazio disputaria a Copa da Uefa

Treze jogadores campeões do mundo na Alemanha pertencem aos clubes envolvidos no escândalo: Buffon, Zambrotta, Cannavaro, Camoranesi e Del Piero jogam na Juventus; Nesta, Pirlo, Gattuso, Inzaghi e Gilardino, no Milan; Oddo e Peruzzi, na Lazio; e Toni, artilheiro dos dois campeonatos sob suspeita, na Fiorentina. Além dos clubes, duas dezenas de dirigentes foram punidos. Tudo isso apenas na esfera da Justiça Desportiva, já que outros processos, cíveis e criminais, também correm na Justiça Comum italiana

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