O candidato da Frente Trabalhista (PPS, PTB e PDT), Ciro Gomes, aproveitou o mini-comício hoje no início da tarde no centro do Rio para criticar a gestão do seu adversário, o candidato tucano José Serra, à frente do ministério da Saúde. Em discurso para cerca de 200 pessoas, no buraco do Lume, Ciro disse que há hoje no país 11,7 milhões de desempregados e que as epidemias crescem em todos os rincões do país:
– São 700 mil casos de malária na Amazônia notificados nos últimos seis anos e 250 mil casos de dengue no Rio de Janeiro. Esses são exemplos do que estou falando. Tudo isso configura para nós um desafio que não vai ser resolvido a golpes simplificados de slogans, de convocações estéreis ou de promessas mentirosas – afirmou Ciro, sem citar Serra.
Ciro Gomes classificou como normal e legítima a participação do presidente Fernando Henrique Cardoso na campanha do candidato tucano, José Serra. Fernando Henrique e Serra almoçaram juntos nesse domingo, no Palácio da Alvorada.
– Acho que é legítimo. O presidente da República, desde que guarde, como eu sei que guardará, a majestade do cargo e que saiba estabelecer a fronteira entre o que é o seu justo e legítimo apoio ao seu candidato e o que é a manipulação do poder político, do orçamento público e o cargo público – afirmou Ciro.
Ele ressalvou que o presidente não pode permitir o entranhamento do Tesouro e da administração pública no processo eleitoral. Para Ciro, o presidente tem ?alguma força? que ?a população deverá ajuizar qual é?. (AG)