Candidatos disputam presidência do PMDB sem divergir sobre apoio a coalizão

Brasília – O PMDB escolherá no domingo (11) o presidente nacional da legenda pelos próximos dois anos. Disputam o cargo o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nelson Jobim (RS) e o deputado Michel Temer (SP), candidato à reeleição. Na reta final da campanha, o apoio do partido ao pretendido governo de coalizão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece como consenso entre os adversários.

Maior partido  de apoio ao governo federal, o PMDB é fundamental na composição da base do governo no Congresso. Tem a maior bancada na Câmara dos Deputados, com 91 parlamentares. No Senado, além da maior bancada – 20 senadores -, o PMDB também detém a Presidência com o segundo mandato de Renan Calheiros (AL).

Os dois candidatos se referem a essa responsabilidade em suas campanhas. Em documento apresentado nesta segunda-feira (5) por correligionários de Jobim, denominado "Manifesto da Unidade", governadores, senadores e deputados federais defenderam o diálogo político-institucional. Segundo o documento, esse diálogo deve acontecer "de forma transparente, fruto do amadurecimento de projetos de governo e de programas".

O candidato Michel Temer, por sua vez, afirmou nesta segunda-feira que o importante é que o PMDB permanecerá unido com relação a participação no governo de coalizão. "Eu tenho um compromisso com as bancadas, com diretórios estaduais e com o partido como um todo, de completar esta coalizão programática e política que nós fizemos, com uma coalizão administrativa que seria levar representantes do partido para o governo".

A chapa formada por Jobim enfrenta questionamento por parte de aliados de Temer. Segundo Temer, alguns nomes teriam sido incluidos sem autorização, e outros estariam repetidos na chapa adversária. O deputado Eduardo Cunha (RJ) pediu formalmente a impugnação da chapa. Jobim disse nesta segunda-feira que, se houver irregularidades, elas "serão sanadas". Temer, por sua vez, afirmou que esperará que isso aconteça, porque não quer ganhar "no tapetão".

A convenção será realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. São quase 600 convencionais, com direito a 782 votos. Alguns, pelo cargo que ocupam, têm direito a mais de um voto. Para ser eleita, a nova direção peemedebista necessita, no mínimo, de 392 votos. A convenção partidária acontecerá das 9 às 17 horas de domingo.

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