Tragédia das águas

Total de vítimas da chuva no Rio de Janeiro sobe para 138

O Estado do Rio já contabiliza 138 mortos, de acordo com levantamento feito pelo Corpo de Bombeiros até as 19h desta quarta-feira, na pior chuva dos últimos 44 anos. Niterói é a cidade com maior número de vítimas, 67. Na capital são 46 mortos, a maior parte no Morro dos Prazeres, em Santa Tereza (18). As outras vítimas são de São Gonçalo (16), Petrópolis (1), Nilópolis (1), Paulo de Frontin (1) e Magé (1). De acordo com a Defesa Civil do Estado, 3.262 estão desabrigadas e 11.439 desalojadas. Cinquenta e três pessoas ainda estão desaparecidas (50 em Niterói e três na capital).

O Rio continua em estado de atenção. Em Niterói, do outro lado da Baía de Guanabara, choveu forte no final da tarde, tornando ainda mais dramático o resgate das vítimas. Na capital, os cariocas tentaram retomar a rotina já que a chuva deu uma trégua durante o dia. Mas foi uma tarefa difícil. Algumas vias importantes da cidade continuavam obstruídas, como a Estrada Grajaú-Jacarepaguá, que só deve ser reaberta em um mês, e a Avenida Niemeyer, que liga São Conrado ao Leblon. A única ligação da Barra com a zona sul era feita pela autoestrada Lagoa-Barra.

Garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio (Comlurb) recolheram 5760 toneladas de lama e detritos. Os reboques da prefeitura socorreram 202 veículos abandonados nas ruas durante o temporal. O Ministério da Saúde destinou ao Rio mais de 5 toneladas de medicamentos e insumos para os desabrigados. São ao todo 52 kits, suficientes para atender 26 mil pessoas por um período de três meses. Trinta e cinco bombeiros da Força Nacional desembarcaram no Estado para ajudar nos resgates.