Sociedade de Transporte Aéreo cobra ação do governo

O presidente da Sociedade Brasileira de Transporte Aéreo, entidade criada há sete anos para debater as questões relacionadas à pesquisa e investimentos no transporte aéreo, Anderson Correia, cobrou nesta quarta-feira (18) ação do governo para a resolução da crise no setor no País. "Chegou a chance do governo tentar resolver essa questão, porque até agora, nada foi feito. Isso tem que ser resolvido de uma vez por todas".

A crise no setor aéreo será um dos principais assuntos que serão discutidos no simpósio realizado anualmente pela entidade, no mês de agosto, em Maringá (PR) com especialistas da área. A solução para a crise aérea, na opinião de Correia, seria, com urgência, nova infra-estrutura para os aeroportos de Campinas e Guarulhos e o escoamento de cargas aéreas para aeroportos menores, como o de São José dos Campos. "Em Guarulhos tem que fazer a terceira pista e o terceiro terminal. E em Campinas ampliar, pelo menos, o terminal de passageiros". "O que precisa é fazer alguma coisa, já que absolutamente nada foi feito até agora", enfatizou.

Para Correia, ainda é muito cedo para falar do que teria provocado o acidente de ontem do Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas, mas que culpar o mau tempo e a aderência da pista, ainda é muito leviano. "Tudo o que se fala agora é especulação. O que não se pode admitir é que alguém culpe o mau tempo pelo acidente. Então onde neva não pode aterrissar nenhuma aeronave?" questionou. Para Correia, que também é professor no ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) citar a falta de grooving e a qualidade da aderência da pista também é prematuro. "Não dá pra falar que o acidente está totalmente relacionado à pista. Existem inúmeras outras causas a serem investigadas".

Segundo o presidente da Sociedade, o aeroporto de Congonhas pode ter as pistas liberadas mesmo depois do acidente. "Falando cientificamente em aderência, se tiver aderência, não tem problema liberar a pista". "Não sei se houve pressão para que o aeroporto de Congonhas fosse liberado, mas não acredito que a Infraero liberaria uma pista sem condições. Não posso acreditar nisso".

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