Situação financeira do Rio Grande do Sul é crítica

Foto: Arquivo

Tucanos alegam que o peemedebista Germano Rigotto (foto) deixou o estado em situação precária.

O secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Aod Cunha de Moraes Júnior, reconheceu ontem que o estado apresenta a pior situação entre todos os demais no atendimento à exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita os ?restos a pagar? deixados pelos governos em final de mandato à disponibilidade de caixa. Em dezembro de 2006, no final do governo de Germano Rigotto (PMDB), o Rio Grande do Sul registrava um déficit financeiro acumulado de R$ 5,070 bilhões, conforme dados dos relatórios estaduais de gestão fiscal publicados ontem pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O Rio Grande do Sul possui um déficit que o secretário classifica de ?estrutural?, de aproximadamente R$ 1,8 bilhão. Ele lembrou que o rombo irá crescer em 2007 em conseqüência da dívida que o governo contraiu com o Banrisul para pagar parte do 13.º salário do funcionalismo, em dezembro de 2006. O déficit de R$ 5,070 bilhões, na avaliação do secretário, é um resultado acumulado há 30 anos. Nas décadas de 1970 e 1980, era coberto por empréstimos contraídos com a União. Os empréstimos foram consolidados e renegociados nos anos 90s.

Outros expedientes usados pelos administradores para cobrir o rombo foram a venda de ativos e o saque de depósitos judiciais, citou o secretário. ?O fato importante é que temos que enfrentar com transparência essa situação?, defendeu, justificando que ?dourar a pílula? tende a adiar a solução do problema.

O governo Yeda Crusius (PSDB) assumiu a meta de zerar o déficit orçamentário em até quatro anos com a possível edição de medidas duras. ?São medidas que batem de frente com interesses específicos e que exigem sacrifícios?, comentou Cunha, pedindo apoio da sociedade para o plano.

Entre as medidas já divulgadas pelo governo constam o corte de 20% dos cargos em comissão e de 30% das despesas de custeio. A Fazenda também lançou mão de uma renegociação de dívidas com os fornecedores e adotou um sistema de programação das despesas apenas quando houver dinheiro em caixa.

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