Seminário avalia professores da AL; formação é grande problema

O número de professores na América Latina e Caribe aumentou 50% nos últimos 20 anos. Os dados mais recentes registram cerca de 3,5 milhões de professores lecionando entre a 1ª e a 6ª séries. O fato é positivo, mas também apresenta alguns problemas: como uma parcela significativa desse contingente é de pessoas provenientes das camadas mais pobres da população, os docentes chegam à sala de aula com uma série de deficiências de formação e com dificuldades para ensinar os alunos.

Esse é um dos problemas a ser discutido no seminário internacional Desempenho dos Professores na América Latina e Caribe: Novas Prioridades, que começa nesta quarta-feira, em Brasília. ?Essa é uma tendência dos últimos 10 ou 15 anos por causa da desvalorização da profissão e dos baixos salários?, avalia o diretor do Instituto Internacional de Planejamento da Educação da Unesco em Buenos Aires, Juan Carlos Tedesco. ?Por isso é preciso investir na formação do professor.?

Pesquisas na Argentina, Peru e Uruguai mostram que entre 25% e 30% dos professores são pobres. No Brasil, essa tendência pode ser percebida pelo perfil sócio-econômico dos estudantes que fazem o Exame Nacional de Cursos, o Provão. Os alunos dos cursos de licenciatura – que formam professores – têm a renda familiar mais baixa entre os cursos avaliados pelo Provão: mais de metade dos formandos de Letras e Matemática têm renda familiar de até R$ 1,8 mil.

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