Rixa política atrasa verba de R$ 12 milhões para samba do Rio de Janeiro

O já milionário carnaval do Rio recebeu reforço de caixa este ano, mas uma disputa política está impedindo a liberação do dinheiro. Um mês depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter anunciado que daria R$ 12 milhões para serem divididos entre as 12 escolas do Grupo Especial, o comando das escolas ainda não recebeu nada da bolada, apelidada de PAC do Samba. ?Está demorando, mas vem. O presidente Lula deu a palavra dele. Não pode mais voltar atrás?, diz Nilo Figueiredo, presidente da Portela, que intermediou a negociação entre Lula e a Liesa, a Liga Independente das Escolas de Samba, que controla o carnaval do Rio.

Dos R$ 12 milhões prometidos por Lula, metade seria dada pela Petrobras e a outra metade pelas petroquímicas Unipar e Braskem. As empresas petroquímicas, colocadas na parede pelo presidente, não disseram nem sim nem não ao pedido. Mas a Petrobras concordou em dar a sua parte, em troca de benefícios, como a colocação de publicidade na Passarela do Samba. Só que o prefeito Cesar Maia (DEM) ameaçou cancelar o contrato com a Liesa se as exigências da Petrobras fossem aceitas. Na sexta-feira, o prefeito finalmente concordou com uma possível saída para o impasse. ?A publicidade da Petrobras pode ficar na área da concentração das escolas, fora do alcance das câmeras de televisão?, diz o prefeito. Agora só falta a estatal aceitar ficar à margem da transmissão da festa.

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