Pressão contra marido de Marina

Brasília – O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu ontem a demissão de Fábio Vaz de Lima, marido da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, do gabinete de seu suplente, Sibá Machado (PT-AC). Suplicy acha que a medida serviria até mesmo para preservar a imagem da ministra, como forma de evitar que, mais na frente, ela venha a ser cobrada por isso, mesmo acreditando que a iniciativa da contratação não foi dela. "A melhor forma de não haver qualquer ilação sobre o problema é ele ter um trabalho em outra área", sugeriu. Suplicy lembrou que é "norma no PT" recomendar a seus filiados que não empreguem parentes. "É fato que Fábio não é parente do senador Sibá, mas o senador é suplente da ministra e caso ela volte ao cargo, estará criada uma situação de incompatibilidade", alegou.

Fábio Vaz foi contratado como assessor técnico do gabinete, com salário de R$ 8,2 mil. Antes disso, ele era o secretário-executivo do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), um conglomerado de mais de 200 organizações não-governamentais que atuam na região. Fábio não quis falar sobre a sua contratação. Questionado se continuaria no cargo respondeu com outra pergunta: "Por que não?".

Na avaliação de Suplicy, a opinião pública não apóia situações como essa, mesmo tratando-se de pessoas competentes, como acredita ser o caso dele. "Acontece que essa explicação não é considerada aceitável pela maior parte da população brasileira uma vez que as pessoas avaliam outros critérios, que não os de afinidade consangüínea, para contratação em cargo público", argumentou.

Voltar ao topo