Em uma semana, terá compromissos com chefes de Estado, empresários e até participará de eventos culturais em visitas às cidades do Porto (Portugal), Salamanca (Espanha), Roma (Itália) e Moscou (Rússia). A passagem de poucas horas pela capital russa, último trecho da viagem, está sendo considerada pelo governo o compromisso mais importante politicamente.
Será a 53.ª viagem internacional do presidente, chegando a 74 países visitados, muitos deles mais de uma vez. Lula já esteve em Portugal e na Espanha em 2003, por exemplo. Mas será a primeira viagem à Rússia. No caso da Itália, será a primeira visita oficial, já que o presidente esteve em Roma em abril apenas para participar do funeral do Papa João Paulo II. Ao fim dessa viagem à Europa, Lula terá somado 130 dias no exterior em 34 meses de mandato.
Em Portugal, primeira etapa da viagem, Lula participará na Cidade do Porto, quinta-feira, da 8.ª Cúpula Brasil-Portugal. Antes, estará no seminário "Oportunidades de novos negócios entre Brasil e Portugal", quando fará seu discurso preferido: o de que este é um dos melhores momentos para o investidor estrangeiro no país. Depois vai almoçar com o primeiro-ministro de Portugal, André Sócrates, num barco no Rio d’Ouro.
No dia 13, o presidente embarca para Salamanca, onde o principal compromisso nos dias 14 e 15 será a Cúpula Ibero-Americana. O governo espanhol tenta revitalizar a cúpula, que a partir de agora terá uma secretaria-geral, a cargo do uruguaio Enrique Iglesias, ex-presidente do BID.
"A Espanha quer reforçar suas relações com a América Latina", explica o assessor de Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
Em Roma, no dia 17, participará dos 60 anos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e encerrará a agenda com uma reunião com o presidente da Itália, Carlo Ciampi, e com industriais.
Em Moscou, em reunião com o presidente Vladimir Putin, Lula falará da reforma das Nações Unidas e da cooperação em diversas áreas, principalmente a espacial.