Oviedo some e aparece em Foz

Foz do Iguaçu (AE) – Após um período de sumiço, o ex-general paraguaio Lino Oviedo reapareceu em Foz do Iguaçu, na noite de anteontem. Ele esteve na Polícia Federal, prometendo comparecer ao Departamento de Estrangeiros do Ministério da Justiça até a próxima sexta-feira para regularizar a documentação de estrangeiro. A PF havia tentado localizar Oviedo, inclusive no endereço onde ele mora, em Brasília, mas sem sucesso. Oviedo é suspeito de ser um dos articuladores de uma tentativa de golpe de Estado que estaria sendo articulada no Paraguai. Na última quarta-feira, o embaixador paraguaio no Brasil, Luis Gonzales Arias, procurou o secretário nacional de Justiça, João Benedicto de Azevedo Marques, para queixar-se de que Oviedo estaria insuflando correligionários contra o presidente paraguaio, Luiz González Macchi. A atividade política do general escondido em território brasileiro, estaria ajudando a aumentar o clima de instabilidade em seu país de origem, argumentou o embaixador. Oviedo, que entrou clandestinamente no Brasil, chegou a ser preso a pedido do governo paraguaio, que pediu sua extradição por considerá-lo o principal suspeito de planejar a morte do vice-presidente Luiz María Argaña, em 1999. Mas desde dezembro, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou o pedido de extradição, o general está em liberdade. O governo brasileiro não pôde expulsá-lo ou deportá-lo por causa de uma liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que concedeu salvo conduto ao general. Enquanto não for julgado o mérito do habeas corpus, o governo brasileiro terá de tolerar a presença de Oviedo no País.

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