Mulheres estão mais na direção

São Paulo – Lançado ontem, em São Paulo, o relatório da pesquisa sobre o “Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas?, constata que a presença de mulheres e de negros nas empresas ainda é reduzida. Quanto à diretoria, o índice de participação de mulheres subiu para 9% em relação à pesquisa anterior (6%), e o de negros caiu de 2,6% em 2001 para 1,8%. Os percentuais aumentam à medida que se desce na escala hierárquica. As mulheres formam 18% do quadro de gerência, 28% de supervisão e 35% do quadro funcional, enquanto os negros são 13,5% dos supervisores, 8,8% dos gerentes e 23,4% do quadro funcional. Embora possa haver pessoas com deficiência em todos os níveis hierárquicos: 1% no quadro executivo, 3,7% no quadro de gerência, 1,6% no de chefia e 3,5% do quadro funcional, as empresas que responderam registram percentuais ainda baixos de indivíduos nessa condição, tendo em vista que existem no Brasil 24,6 milhões de pessoas com deficiência, ou 14,5% da população, pelo Censo 2000.

Gerentes

A pesquisa mostra também que é bem maior o contingente de gerentes (68% do quadro) do que de diretores (45% do quadro) com 11 anos ou mais de empresa. E que 42% dos diretores têm até cinco anos de casa. Ou seja, os indivíduos com mais tempo de casa e, portanto, com mais idade, param na escala hierárquica, sendo ultrapassados por profissionais com menos tempo na organização.

Em relação às iniciativas das empresas em favor da diversidade, 40% das pesquisadas dizem promover ações desse tipo. A mais difundida, por 32% das empresas, são os programas de contratação de pessoas com deficiência, seguidos por projetos na comunidade que visem melhorar a oferta de profissionais qualificados (24%).

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada Ipea, OIT e Unifem.

Voltar ao topo