Manobra tenta assegurar voto de Garibaldi pela CPMF

Na tentativa de aprovar a emenda que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), aliados do governo ensaiaram uma questão de ordem para que o novo presidente da Casa, Garibaldi Alves (PMDB-RN), deixasse seu lugar na Mesa para dar mais um voto ao governo. Segundo parlamentares, o procedimento foi dado como correto pela consultoria do Senado, que assegura que não há no regimento nenhum impedimento legal de o presidente da Casa votar, além dos casos de empate.

Mas para os senadores do PSDB a manobra não dará o resultado esperado porque sem Garibaldi o cargo seria ocupado pelo 1º vice-presidente, senador Tião Viana (PT-AC), ou na falta dele, pelo segundo vice-presidente, o tucano Álvaro Dias (PR). Para o senador paranaense, Garibaldi, que foi eleito com os votos da oposição, não adotaria um procedimento como este.

O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM) disse que ouviu falar da questão de ordem, mas por entender que se trata de uma "molecagem", ele não acredita que será concretizado. "Essa molecagem não vai funcionar. Seria o primeiro resvalo do senador Garibaldi Alves e eu seria o primeiro a criticar", disse. Virgílio afirmou que os 13 votos da bancada serão contrários à prorrogação do chamado imposto do cheque.

Sobre o pedido dos governadores para que a bancada reveja a posição, Virgílio afirmou: "Se eles, governadores, quiserem assumir os votos no Senado que venham para cá e ajam eles mesmos", ironizou. O vice-presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse "que os votos do partido estão fechados e não haverá modificação nenhuma".

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