Manaus – O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse hoje (14) que ainda faltam algumas conquistas para a total normalidade do setor aéreo. Ao participar da cerimônia de troca do Comando Militar da Amazônia (CMA), ele fez um balanço dos dois meses de trabalho na pasta e falou sobre a segurança no setor.
"Uma coisa é a segurança real, outra coisa é a percepção da segurança. A segurança real está mantida, ou seja, temos um fato da segurança. A percepção da segurança é que ainda não mudou muito. Para as pessoas, já há uma tranqüilidade, mas evidentemente precisamos que trabalhar na área do conforto e essa área precisamos chegar lá", disse o ministro.
Sobre as mudanças anunciadas para o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, Jobim disse que vão garantir mais segurança para os passageiros em trânsito no aeroporto. E advertiu que as novas regras deverão ser atendidas por todas as empresas aéreas. "A pista estava sendo utilizada em 1.940 metros e teve sua utilização reduzida para 1.640 metros. Com isso passaremos a ter uma área de escape que dará mais segurança também. As empresas só poderão pousar e decolar dentro das novas regras", enfatizou.
Indagado a respeito de possíveis nomes para assumir a diretoria da Anac, o ministro respondeu: "Segunda-feira teremos notícias."
A troca de comando na Amazônia, segundo Jobim, faz parte de um processo comum, de rotatividade militar. O general Raymundo Nonato de Cerqueira Filho entregou hoje a direção do CMA para o general-de-Exército Augusto Heleno Pereira, que estará à frente dos mais de 23 mil soldados que atuam na região.
O general Heleno Pereira disse estar realizando um sonho profissional, mas revelou que o número de soldados não é suficiente. "O CMA reúne grandes desafios e uma grande realização profissional. A minha primeira meta é conhecer essa minha nova área, 42% do território nacional, maior que a Europa Ocidental. Todo comandante militar sempre quer mais tropa ? nunca vou dizer que meu efetivo é suficiente", afirmou.