Jobim deve discutir com Bernardo reajuste de militar

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse que poderá discutir ainda nesta terça-feira o reajuste dos militares com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele não quis falar em índices, mas estudos já encaminhados ao Planejamento prevêem aumentos escalonados em até duas vezes e variam de 27,62%, para patentes mais altas, a 37,04%, para os cargos menos favorecidos. Uma nova proposta também está em estudo para beneficiar especialmente os recrutas, que recebem em média R$ 207: eles passariam a receber os R$ 415 correspondentes ao salário mínimo.

As negociações em torno do aumento dos militares estavam paradas há mais de dois meses. No final do ano passado, Jobim chegou a admitir que o reajuste poderia chegar a 37% e comparou o salário de um militar ao de outras categorias, para mostrar as disparidades existentes. Para o aumento previsto no estudo inicial, o impacto no orçamento seria de R$ 5 bilhões neste ano e R$ 8,5 bilhões em 2009. A primeira parcela do reajuste, conforme desejo dos militares, seria imediata e a segunda, em setembro.

A folha de pagamento de pessoal consome hoje cerca de R$ 33 bilhões e o Ministério do Planejamento, ao discutir o aumento dos militares, sempre lembra o elevado número de pessoas a serem beneficiadas. São 609 mil servidores, dos quais 342 mil estão na ativa e 266 mil estão na reserva ou são pensionistas. O Planejamento defende a concessão de reajustes diferenciados para a ativa e a reserva, mas as Forças Armadas rejeitam a idéia.

Voltar ao topo