Brasília – A semana será de intensas reuniões para tentar votar, até sexta-feira, a proposta de reforma da Previdência na comissão especial da Câmara. A afirmação é do vice-líder do governo na Câmara, Professor Luizinho (PT-SP), que vai conversar com os representantes do PSDB e do PFL, na comissão, para tentar um acordo que evite ações regimentais com vistas a atrasar a apreciação do relatório do deputado José Pimentel (PT-CE).
Também estão previstas reuniões das bancadas do PT e do PCdoB e um encontro do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, com os deputados do PSDB. Quanto aos partidos aliados, Luizinho ressaltou que é preciso “organizar a base”, para que esteja presente na comissão, garantindo quórum, e não apresente destaques que possam atrasar a tramitação da matéria.
Quanto à base aliada, as reuniões começaram ontem, na Casa Civil da Presidência da República, e continuam hoje. Na sessão plenária da Câmara, ontem, os governistas conseguiram o quórum mínimo de 52 deputados para contar o prazo de duas sessões do pedido de vista coletiva concedido, na última quinta-feira. Com isso, o relatório estará pronto para discussão amanhã.
Não será nada fácil o trabalho de convencimento da oposição que está sendo feito pelo governo. O PFL, por exemplo, quer mudanças no texto para votar a favor da Reforma. O vice-líder do PFL, deputado Onyx Lorenzonni (RS), disse que o partido está aberto ao diálogo, mas existem alguns questionamentos -como a proposta de cobrança de 11% para os atuais aposentados e pensionistas que ganharem acima de R$ 1.058, que ele considera inconstitucional.