Embraer fecha contrato de US$ 1,4 bi com FAB e Marinha

A Embraer assinou hoje contrato no valor de US$ 1,44 bilhão com a Força Aérea Brasileira (FAB) e a Marinha do Brasil. Os contratos assinados pelo presidente da empresa, Frederico Curado, preveem, no caso da FAB, o desenvolvimento e a fabricação de dois protótipos do modelo KC-390, uma aeronave de transporte militar e cujo desenvolvimento deverá levar sete anos. Esse contrato com a FAB é no valor de US$ 1,3 bilhão. No caso da Marinha, um contrato de US$ 140 milhões prevê a modernização de 12 jatos dos modelos AF1 e AF1A, e o projeto deverá ser realizado em cinco anos.

Curado admitiu que o projeto KC-390 poderá levar a Embraer à contratação de pessoal, mas não quis dar uma previsão de quando isso ocorrerá, destacando que não é uma perspectiva de curto prazo. Segundo ele, a prioridade da empresa para contratações será a readmissão de parte dos 4.200 funcionários demitidos no início deste ano.

Ainda sobre as demissões, Curado comentou a decisão tomada ontem, pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), acatando recurso da empresa que solicitava a suspensão de indenização extra e pagamento de salário relativo ao intervalo entre os dias 19 de fevereiro (data da demissão) e 13 de março (última rodada de negociações entre a Embraer e o sindicato da categoria no TRT). “A decisão de ontem confirma a legalidade do que fizemos, a questão da legalidade é muito importante para nós”, afirmou.

Entregas

O presidente da Embraer disse que a empresa mantém a previsão de entrega de 240 aeronaves em 2009, sendo 132 aeronaves de maior porte. Segundo ele, essas previsões de entrega dependem de que alguns clientes sejam financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), como ocorrerá com a Azul Linhas Aéreas, segundo anunciou o banco de fomento na semana passada.

De acordo com Curado, a expectativa da empresa “é de que possamos voltar a crescer em dois anos”. De acordo com ele, após a retomada do crescimento será possível a readmissão de alguns dos funcionários demitidos em fevereiro último. “Quem determina o nível de emprego é o mercado”, disse Curado.

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