Donos da Unipar brigam por controle com Petrobras

Uma semana depois de fechar um acordo histórico com a Petrobras, a empresa petroquímica Unipar está às voltas com uma nova disputa entre os membros da família Geyer pelo controle do grupo. Há anos, os parentes brigam para ver quem manda na empresa. As disputas pareciam superadas durante as negociações com a Petrobras. Mas agora estão voltando, com uma diferença: os interesses da Unipar estão mais amarrados do que nunca com os da Petrobras. Com o recente acordo, a Unipar virou o segundo maior grupo petroquímico do País, tendo a Petrobras como sócia minoritária.

Pelo acordo, a Petrobras e a Unipar uniram suas empresas petroquímicas no Sudeste, incluindo a Suzano Petroquímica – que acaba de ser comprada pela Petrobras. O novo grupo – chamado provisoriamente de Companhia Petroquímica do Sudeste (CPS) – deve ser um grande produtor de matérias-primas para plásticos e faturar cerca de R$ 6,1 bilhões por ano.

Depois de uma intensa batalha de bastidores, a Unipar conseguiu ser a líder do novo grupo, com 60% das ações, enquanto a Petrobrás ficou com os 40% restantes. A Petrobras ganhou o direito de veto de algumas decisões estratégicas, mas a Unipar conseguiu mais: o controle do grupo e o direito a nomear o presidente da nova companhia. Com o acerto, Unipar deu um salto, mais do que dobrou de tamanho e se tornou o segundo maior grupo petroquímico do País, atrás apenas da Braskem.

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