Denunciados 53 envolvidos em emboscada

São Paulo – Espetáculo macabro, farsa, armadilha para uma execução, plano de extermínio, ação bélica, doze penas capitais. Foram essas as definições da denúncia do Ministério Público para a ação no pedágio da rodovia Castelinho, onde 12 supostos integrantes Primeiro Comando da Capital (PCC) foram mortos, no dia 5 de março de 2002. “Fizeram um espetáculo. Toda a operação foi uma armadilha para a execução dessas pessoas”, declarou a promotora Vânia Maria Tuglio, autora da denúncia apresentada ontem à Justiça de Itu. Foram denunciados 53 policiais militares e dois presos condenados infiltrados na operação. Entre os denunciados, há dois tenentes-coronéis, dois capitães, dois majores e quatro tenentes, incluindo os dois coordenadores do Grupo de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância, que segundo o Ministério Público, teria sido o mentor da “farsa”, oferecendo veículos, armas e telefones. Os 55 denunciados vão responder por homicídio triplamente qualificado (motivo fútil, meio cruel e emboscada) e, em determinados casos, por roubo de duas caminhonetes e fraude processual (sumiço de provas e modificação do cenário do crime).

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