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Crivella pede militares, mas Jungmann diz que não cabe a prefeitos solicitação

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), vai pedir apoio das Forças Armadas para reforçar a segurança no carnaval da cidade. Mas não cabe, por lei, ao município fazer esse tipo de solicitação, esclareceu o ministro da Defesa, Raul Jungmann. Ele também informou à reportagem que nenhum pedido nesse sentido chegara, até o fim da tarde, ao órgão.

“Sobre pedidos (de) ajuda das Faz: 1. apenas governadores, em caso de segurança pública (GLO). 2. não pode ser preventivamente. 3. decisão apenas PR”, esclareceu, depois, pelo Twitter. GLO significa Garantia da Lei e da Ordem; PR é presidente da República.

Um dos argumentos de Crivella para pedir suporte militar para o carnaval é que a festa reunirá 6,5 milhões de pessoas, entre elas 1,5 milhão de turistas. Os militares agiram na segurança urbana durante a Olimpíada de 2016, lembrou o prefeito, quando a cidade recebeu 800 mil visitantes.

As Forças Armadas participaram, ao longo de 2017, de operações policiais no Rio. As tropas, porém, não fizeram rotineiramente patrulhamento das ruas. Agiram em comunidades, geralmente com as Polícias Militar e Civil. Chegaram a fazer um cerco à Rocinha, na zona sul, durante uma guerra entre facções criminosas.

O Ministério da Defesa, porém, reflete o humor dos comandos de Marinha, Exército e Aeronáutica. Resiste à proposta de empregar as tropas como forças policiais corriqueiras. Os militares consideram esse tipo de ação um desvio de sua missão legal, que é a defesa externa do País.

O pedido de ajuda das Forças Armadas foi anunciado na manhã desta quinta-feira, 11, durante apresentação da agenda oficial da festa.

A prefeitura também revelou que, pela primeira vez, seguranças privados trabalharão no carnaval, em apoio à Polícia Militar e à Guarda Municipal. Serão 3.375 vigilantes de empresas privadas. Haverá também cinco centros de videomonitoramento, com 70 câmeras.

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