Brasil vai às urnas para escolher 5.563 prefeitos

Brasília – Depois de quatro anos, 119.820.376 brasileiros deverão voltar às urnas neste domingo para escolher seus prefeitos e vereadores. Em todo o País, serão eleitos 5.563 prefeitos e 51.749 vereadores. A disputa é acirrada: 15.781 candidatos querem comandar as prefeituras e 346.373 pleiteiam uma vaga nas câmaras municipais.

Até a meia-noite deste domingo, a maioria das cidades já saberá os nomes dos vitoriosos – ou dos que competirão ao cargo de prefeito no segundo turno. A previsão do diretor de informática do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Paulo Camarão, é que pelo menos 90% dos votos estarão apurados até o fim do dia.

As maiores dificuldades deverão ocorrer em estados com problemas de infra-estrutura, como transportes e sistemas de comunicação precários. É o caso de Pará, Amapá, Roraima e Mato Grosso. Nesses locais, a apuração dos votos poderá atrasar. No entanto, todos os tribunais regionais eleitorais deverão encaminhar o resultado parcial das apurações ao TSE, que divulgará em sua página na internet os números em tempo real. O cidadão também pode acompanhar as informações nos sites de grandes provedores.

A votação começará às 8h e se estenderá até as 17h. Cerca de 2,5 milhões de pessoas participarão da organização das eleições, entre mesários, servidores, técnicos e fiscais. Ao todo, deverão sair dos cofres públicos R$ 595 milhões para custear as eleições deste ano. Nas últimas eleições municipais, em 2000, foram gastos R$ 490 milhões. O aumento, de acordo com o TSE, se deve principalmente à inflação no período.

A média nacional de custo de cada voto é de R$ 6,77. O estado onde os gastos são mais elevados é Roraima, onde é preciso dispor de R$ 34,76 por eleitor. As dificuldades de transporte e de comunicação entre longas distâncias contribuem para o encarecimento do custo de cada eleitor.

Em todo o Brasil, estarão disponíveis 407 mil urnas. Deste total, serão utilizadas 359.326. O restante ficará à disposição no caso de eventual defeito do equipamento. Caso a urna titular e a substituta apresentem problemas técnicos, existe ainda a possibilidade de o eleitor votar à moda antiga: a cédula de papel e a urna de lona. Para evitar as longas filas para justificar o voto, observadas principalmente no Rio de Janeiro em 2002, pessoas que estejam fora de seu domicílio eleitoral poderão recorrer a qualquer das seções. Camarão anunciou ainda que serão abertas outras seções no Rio e em São Paulo para atender quem precisar justificar o voto.

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