Acidentes nas estradas custam R$ 22 bilhões por ano

Brasília (ABr) – Os acidentes nas estradas custam, anualmente, entre R$ 22 bilhões e R$ 23 bilhões para o país, segundo informou o secretário de Política Nacional de Transportes, José Augusto Valente. Entre os custos, estão a perda de carga de caminhões, a perda de equipamentos e o custo com mortos e feridos. ?E é nas rodovias estaduais que está o maior problema?, disse Valente. De acordo com ele, só nas estradas de São Paulo, estado com as melhores rodovias do Brasil, esse custo com acidentes chega a R$ 3,3 bilhões por ano, o maior índice do País.

Para discutir os problemas nas estradas brasileiras e debater formas de reduzir o número de acidentes, o Ministério dos Transportes realizou ontem, em Brasília, o 1.º Seminário sobre Segurança nas Rodovias.

José Valente lembrou que todos os anos morrem dez mil pessoas apenas nas rodovias federais. ?É uma verdadeira tragédia anunciada, porque todo ano se sabe que vai dar esse número. Os governos fazem alguma coisa, mas a nossa avaliação é que tudo que a gente fez até agora ainda é insuficiente. O objetivo do seminário é tentar passar para um patamar maior de eficácia o combate aos acidentes, garantir que as condições de segurança sejam muito maiores do que são hoje?, disse.

Segundo Valente, o seminário deve dar elementos para a criação de uma Política Nacional de Segurança de Trânsito que vai atuar, basicamente, em três áreas: educação, melhorias operacionais e repressão e controle. Serão elaboradas ações que vão desde a inserção de noções de trânsito no ensino fundamental, para formar o futuro condutor, e o aumento do rigor nas auto-escolas até a melhoria da sinalização nas rodovias.

Polícia Rodoviária pede reforço

Brasília (AE) – O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Hélio Cardoso Derenne, disse ontem que será necessária a atuação de uma força-tarefa da corporação nas rodovias do País, no período do final do ano. Medida serviria para reforçar a fiscalização e garantir maior segurança a motoristas e passageiros, já que o movimento nas estradas deverá aumentar por causa da crise nos aeroportos e no tráfego aéreo.

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