53% dos casais homossexuais vivem na região Sudeste

Em cerca de 60 mil domicílios brasileiros (apenas 0,1% do total), viviam casais do mesmo sexo, dos quais 52,6% estavam concentradas na região Sudeste, principalmente nas metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro, segundo o IBGE.
Depois, apareciam as regiões Nordeste (20,1% do total), Sul (13%), Centro-Oeste (8,4%) e Norte (5,9%).

Dentre esses casais homossexuais, 53,8% eram constituídos por duas mulheres e 46,2% por dois homens. Segundo o IBGE, 25,8% dos casais diziam ter superior completo e 47,4% se declaram católicos –maior grupo religiosos cujos casais declararam suas sexualidade aos pesquisadores do IBGE.

No Censo 2010, foi a primeira vez em que tornou-se possível detectar casais de pessoas do mesmo sexo. Isso porque o IBGE formulou uma questão sobre o sexo do cônjuge que vivia no mesmo domicílio do chefe da família.

Casados

Uma curiosidade revelada pelos dados do IBGE é que 13% das pessoas que compunham casais homossexuais eram casados, embora a predominassem os solteiros (82%).

Casamento civil

Quanto maior o rendimento do grupo de renda, étnico, religioso ou de instrução, mais as pessoas se unem em casamentos formais, registrados em cartórios. É o que mostram dados inéditos do Censo do IBGE de 2010.

Segundo o IBGE, o tipo de união é regulado especialmente pelo perfil de renda do casal, já que os casamentos formais incorrem em custos. Por isso, o casamento formal no civil e no religioso constitui 64,2% das uniões do grupo de renda superior a cinco salários per capita, enquanto o percentual para a faixa de até 1/2 salário era de apenas 28,4%.

A mesma explicação, diz, se aplica aos brancos e católicos –que possuem rendimento maior do que a média. Os católicos tinham o maior percentual de uniões do tipo casamento no civil e no religioso (44,7%). Já a menor taxa (18,4%) era dos sem religião –neste caso, mais por conta de uma questão cultural, segundo o IBGE.

Entre os brancos, 51,9% das uniões eram registradas em cartórios e confirmadas em igrejas. Os percentuais para pretos e pardos eram menores –32,2% e 34,4%, respectivamente. Esses dois grupos étnicos, por sua vez, estavam mais vinculados a uniões consensuais (46,6% e 42,6%, respectivamente) do que os brancos –26,6%.

Pelos dados do IBGE, os Estados com o maior número proporcional de uniões consensuais eram Amapá (63,5%), Roraima (57%) e Amazonas (54,6%). Já as mais baixos percentuais foram registrados por Paraná (29,1%) e São Paulo (29,5%).

Segundo dados gerais do Censo de 2010 já divulgados, 50,1% dos brasileiros viviam em união conjugal. Desses, 42,9% eram casados no civil e no religioso, 17,2% só no civil, 3,4% só no religioso e 36,4% em união conjugal. Frente a 2000, caiu o percentual de casados no civil e no religioso (era 49,4%) e cresceu o de união conjugal (28,6%).