Brasil pode melhorar indicadores de solvência externa

O Banco Central (BC) sinalizou hoje (30) que ainda vê espaço para continuar atuando no mercado de câmbio. "Estamos numa situação confortável. Mas, se olharmos para outros países emergentes, vemos que ainda podemos melhorar alguns dos nossos indicadores de solvência externa", disse o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Belivaqua, ao comentar o Relatório Trimestral de Inflação.

As atuações do BC, de acordo com Bevilaqua, teriam o objetivo de melhorar ainda mais a capacidade do País de resistir a eventuais crises externas. Ele explicou que há uma série de instrumentos à disposição do BC para prosseguir atuando e não descartou a retomada dos chamados swaps reversos – operações que têm o mesmo efeito de uma compra de dólar, mas sem envolver dinheiro físico.

"Se as condições de liquidez internacional forem favoráveis, vamos continuar atuando para melhorar nossa capacidade de resistência", afirmou. Ele admitiu, entretanto, que estas condições hoje já não são mais "excepcionais". "Eu diria que hoje as condições são boas", comentou, lembrando a tendência de alta de juros nos Estados Unidos, na Europa e no Japão, que têm causado uma certa turbulência no mercado externo.

O diretor do BC destacou, ao mesmo tempo, que a melhora dos fundamentos econômicos do País até o momento pode ter levado a uma mudança na chamada taxa de câmbio de equilíbrio, com maior entrada de dólares no País e a valorização do real. "Com fundamentos melhores, é possível imaginar que esta taxa esteja hoje mais apreciada", disse.

Voltar ao topo