Brasil é modelo mundial em bancos de leite materno

O Brasil está exportando para países da América Latina as experiências sobre os bancos de leite instalados no país. A coordenadora de Política Nacional de Aleitamento Materno do ministério da Saúde, Sônia Saraiva, disse que atualmente o Brasil tem 186 unidades, além dos pontos de coleta.

Segundo Sônia Saraiva, por causa dessa experiência, foi criada a rede latino-americana de pontos de leite humano durante do Terceiro Congresso Internacional de Bancos de Leite Humano, que aconteceu em maio, em Brasília.

Também em conseqüência das iniciativas desenvolvidas no país, o Brasil foi considerado na última reunião de Nutrição das Nações Unidas, em março, como um dos que têm melhores políticas de promoção, proteção e apoio à amamentação. "O Brasil, além de desenvolver iniciativas internacionais, iniciativas locais contam como modelo para o mundo como a experiência de bancos de leite humano", explicou a coordenadora.

Sônia Saraiva lembrou que os bancos funcionam como casas de promoção e apoio à amamentação, porque são locais aonde as mulheres buscam orientação e também ajuda quando estão com dificuldades.

A diretora do Centro de Referência Parteira Mariana Bulhões, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Sônia Capelão, disse que esse é o caso de mães portadoras dos vírus HIV (aids) e HTLV (leucemia e doenças neurológicas), que não podem amamentar os filhos, porque transmitiriam os vírus às crianças pelo leite. Para elas, o produto doado nesses bancos passa a ser a única forma do filho poder receber o leite materno.

Apesar de haver um crescimento no número de bancos de leite no país, a médica chamou atenção para a dificuldade que eles enfrentam com o baixo número de doações, em determinados períodos. Por isso, em outubro haverá uma campanha no município para incentivar as doações de leite humano. "A nossa captação de leite humano é muito pequena mal dá para sustentar as nossas maternidades e os nossos prematuros, quanto mais para sustentar um bebê por mais seis meses".

Sônia Capelão lembrou que no estado do Rio de Janeiro, para facilitar as doações, o serviço conta ainda com o transporte gratuito feito pelo Corpo de Bombeiros. "Eles vão em casa, pegam o leite e levam para o banco".

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