Rio – O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, afirmou que o pré-pagamento da parcela de US$ 15,5 bilhões ao Fundo Monetário Internacional (FMI), anunciado hoje (13), é uma "evolução natural" do bom cenário macroeconômico pelo qual passa o Brasil. Segundo ele, a economia como um todo está mais forte. Ele lembrou que em 2005 o nível de reservas do Brasil está três vezes maior do que estava em 2002, as exportações têm apresentado bom desempenho e o Brasil até fez pré-financiamentos de uma parte importante da dívida externa para o ano que vem. Além disso, acrescentou, a dívida interna não é mais indexada ao dólar. "Por isso, o ministro Palocci teve todas essas condições de oferecer ao presidente Lula essa opção", disse.
Levy comentou que esse pagamento é o do estoque total e que quando o débito for quitado o Brasil não vai dever mais nada ao FMI. O secretário comentou ainda que esse pagamento estava previsto para ser realizado entre 2006 e 2007, mas as boas condições do cenário atual levaram o governo a antecipar esse pagamento.
O secretário considerou que a antecipação do pagamento vai representar uma economia de "centenas de milhões de dólares". "Do ponto de vista puramente financeiro, é algo que certamente tem vantagens", disse.