Batuta de Villa-Lobos é roubada de museu no Rio

A batuta do maestro e compositor Heitor Villa-Lobos foi roubada do Museu dos Teatros, em Botafogo, na semana passada. O crime foi cometido entre a tarde de quarta-feira e a manhã de quinta-feira, mas só hoje foi divulgado. Os assaltantes também levaram um instrumento de sopro (petit bugle) da primeira orquestra do Theatro Municipal e acessórios da indumentária usada pelo ator Odilon Azevedo na peça O Imperador Galante, encenada em 1954, entre outros objetos. O museu, administrado pela Secretaria de Estado de Cultura, não tem seguranças.

De acordo com a polícia, os assaltantes entraram pelo buraco do ar-condicionado. Eles roubaram computador, scanner, impressora, tevê de 29 polegadas e fax, além do acervo do museu. "Em princípio não são criminosos especializados. Eles estavam atrás de objetos que pudessem vender", afirmou o delegado Eduardo Baptista, da 10ª Delegacia de Polícia.

Para a diretora de Museus da Secretaria de Cultura, Márcia Bibiani, os assaltantes acreditaram que as peças cenográficas fossem jóias verdadeiras, como uma tiara de arame pintada de dourado e as pulseiras em metal com pedras coloridas do figurino de Odilon Azevedo, marido da atriz Dulcina de Morais. "A batuta do Villa-Lobos era uma vareta fininha, de jacarandá. Mas estava com outras batutas com ponteiras douradas e prateadas. Acho que pegaram tudo junto, para tentar revendê-las", afirmou.

Márcia explicou que o museu está sem segurança desde o ano passado. "Houve contingenciamento do orçamento no governo anterior e os funcionários terceirizados foram dispensados. Estamos revendo isso nesse governo, mas infelizmente não conseguimos resolver todas as questões ", disse. Foi aberta sindicância interna para apurar o furto.

Voltar ao topo