“Hatch” Renault Sandero automático surpreende

Mudanças estéticas aproximaram o Sandero da proposta de “design” da Renault. A parte frontal se assemelha à do sedã Fluence, principalmente pelo desenho dos faróis. O nome do carro na traseira foi centralizado e as lanternas ganharam molduras cromadas no limites das seções. Foram poucas, mas efetivas alterações, que deixaram o “hatch” renovado e mais interessante.

Graças ao bom espaço interno, o Sandero oferece boa dose de conforto a seus ocupantes. Por ser um veículo “altinho” tem boa visibilidade do trânsito. Os bancos são macios e o isolamento acústico recebeu melhoras durante a reestilização do modelo. Na hora de enfrentar os buracos das ruas das grandes cidades, o “hatch” da montadora francesa se comporta bem e a suspensão filtra boa parte das pancadas.

Mas a versão automática do Sandero Privilège avaliada pelo Jornal do Automóvel surpreendeu. A Renault valeu-se de um propulsor  mais forte, o 1.6 16V, usado nas versões esportivas – a Stepway e a finada GT-Line. E, de fato, uma coisa compensou a outra. Tanto é que a montadora divulga acelerações de 0 a 100 km/h idênticas para os modelos mecânicos 1.6 8V e o automático 1.6 16V: razoáveis 11,7 segundos.

Outro detalhe que pode ser percebido com o propulsor é sua suavidade. O motor do Sandero Automatic ganha giros de forma comedida, sem fazer barulho e sem incomodar seus ocupantes. O comportamento dinâmico do modelo é dos melhores. Com uma suspensão bem acertada, ele se comporta muito bem nas curvas. Mesmo tendo uma carroceria ligeiramente alta, não rola muito nas mudanças de direção.

As trocas de marchas têm boa lógica e se consegue retomar velocidade sem que haja redução, que só ocorre com acelerador bem aberto e acionado rapidamente, ou, como em todo automático ou mesmo robotizados, levando o pedal de uma vez ao interruptor de fim de curso, o conhecido “kickdown”. Há também a função para arrancar em piso escorregadio premindo-se botão na base da alavanca com ideograma de um floco de neve.

O Sandero automático ficou agradável de dirigir. A 110  km/h o motor está a razoáveis 3.500 rpm. Dá para viajar sossegado. Na cidade de trânsito congestionado, obviamente é uma vantagem, especialmente para os que têm preguiça de trocar marchas. O carro se desloca com boa agilidade em meio ao tráfego e a calibração de suspensão concilia bem conforto e comportamento dinâmico. Nada tem de dura.

Nas retas e frenagens, a direção também é bem precisa. Mas não espere dele desempenho esportivo. Melhor mesmo é respeitar a vocação comportada do modelo e aproveitar o amplo espaço interno.

Clique na galeria de fotos do Renault Sandero.

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