Classe E chega mais seguro e potente

ja21.jpgDepois de quatro anos em produção e cerca de um milhão de automóveis vendidos, a Mercedes-Benz revisou o Classe E, que durante grande parte das últimas décadas foi o modelo de maior venda da montadora alemã. Tanto o sedã quanto a "touring" receberam retoques de estilo na carroçaria, que ficou mais dinâmica, ergonômica e segura.

A diferença visual está nos faróis, pára-choque dianteiro e grade do radiador. Muito interessantes as três laminas horizontais na parte superior dos faróis principais (garantindo um visual diferente ao serem ligados) e a utilização pela primeira vez de leds brancos como luzes de estacionamento. Embora a montadora divulgue ter desenvolvido mais de 2.000 peças novas, apenas um friso mudou na traseira.

ja22.jpgNo interior, volante de quatro raios redesenhado (com botões elípticos operados pelo polegar). Na versão Avantgarde, há criativa combinação de revestimentos: marrom ou bege em bancos e laterais, preto no teto. Dentro da política de começar as inovações caras pelo Classe S, estendeu-se agora o "Pre-Safe" para o Classe E.

Trata-se de um sistema que, na iminência de acidente, automaticamente fecha todos os vidros e teto solar, traz os encostos dos bancos para a posição vertical, pretensiona os cintos de segurança e reposiciona os encostos de cabeça de comando elétrico. Ainda na área de segurança, as luzes de freio com leds piscam no caso de uma frenagem muito forte, ajudando na percepção de perigo e na reação do motorista que segue atrás.

ja23.jpgEntre os equipamentos de série do E 350 destacam-se oito "airbags" (dois de teto), ar-condicionado automático com quatro zonas de atuação (saídas traseiras ficam nas colunas centrais), DVD e toca-CD MP3 para seis discos, preparação para telefone celular, persiana no vidro traseiro e teto solar elétrico. Na versão E 500, há ainda aquecimento e ventilação dos assentos, persianas laterais, encosto do banco traseiro rebatível e suspensão a ar. A M-Benz equipou a nova geração do Classe E com luzes intermitentes de freio para prevenir colisões.

Os protetores de cabeça "Neck-Pro" no Classe E são controlados por sensores,  que durante impacto traseiro são movidos para frente para proporcionar proteção para a cabeça do motorista e do passageiro dianteiro dentro de milisegundos.  (BN)

ja24.jpgOlho clínico

Convidada pela M-Benz do Brasil, participamos de avaliação da nova geração do Classe E realizado no interior de São Paulo, num circuito de aproximadamente 240 quilômetros. Dirigir um M-Benz Classe E sempre se torna uma experiência especial. Todos os ajustes de banco e volante (inclusive altura e distância) são elétricos e muito fáceis, incluindo três posições de memória.

O quadro de instrumentos exibe desenho de bom gosto, com destaque para o relógio de horas analógico do mesmo tamanho do conta-giros, um de cada lado do velocímetro. Freio de estacionamento acionado por pedal libera espaço para compartimentos amplos no console de túnel. Há, no geral, aquela sensação boa de aconchego. O teto solar diminui ligeiramente a altura livre para a cabeça.

ja31.jpgSeu porta-malas de 530 litros apresenta formato favorável à acomodação da bagagem, mas, para o comprimento total do carro, de 4,85 m, está longe de ser referência. A direção agora 10% mais direta e o volante de diâmetro levemente reduzido proporcionam reações mais esportivas ao Classe E. Seu câmbio automático de sete marchas possibilita trocas suaves, modo esportivo (estica mais as marchas) e troca seqüencial manual com movimentos laterais da alavanca. A montadora retirou o comando por teclas no volante justificando que a maioria dos proprietários não o utilizava para passar as marchas.

ja33.jpgMas maior evolução da geração atual ocorreu nos motores, agora os mais potentes da categoria. O V6 de 3,5 litros do E 350 desenvolve 272 cv a 6.000 rpm, possui comando de válvulas variável e torque de invejáveis 35,7 kgf.m entre 2.400 rpm e 5.000 rpm. Acelera de 0 a 100 km/h em 6,9 s e consumo médio é de 9,8 km/l, segundo a montadora.

O V8 do E 500, por sua vez, evoluiu bastante. Desloca 5,5 litros e ganhou 26% em potência – robustos 388 cv a 6.000 rpm -, além de 15% no torque – nada menos de 54 kgf.m entre 2.800 e 4.800 rpm. Apesar do aumento do desempenho proporcionado por 80 cv extras, o consumo se manteve igual ao da versão anterior, média de 8,7 km/l, informa a M-Benz.

Se o motor V6 é silencioso e garante desempenho marcante, o V8 se destaca ainda mais, em especial pela suavidade de funcionamento e a imediata resposta vigorosa ao acelerador. A montadora indica aceleração de 0 a 100 km/h em 5,3 s, ou 0,7 s mais rápido que o E 500 anterior. Em ambos os casos, a velocidade máxima é limitada eletronicamente a 250 km/h. Enfim, perfeição nos máximos detalhes.

O preço permanece igual na versão E 350 -R$ 303.000,00 -, enquanto o E 500 vai a R$ 380.000,00. Nessa categoria, a montadora estima, entre todas as marcas, vendas em torno de 700 unidades anuais, ou seja, mercado bastante restrito. (BN)

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