CRESCIMENTO

Brose amplia a entrega de módulos CFM para a indústria automotiva

Módulo de arrefecimento da Brose do Brasil.

A Brose do Brasil, fabricante de sistemas de acesso veicular de São José dos Pinhais, comemora a conquista de novos negócios para o CFM (Cooling Fan Module ou Módulo de Arrefecimento). Entre os principais fornecedores dessa tecnologia para a indústria local, a empresa espera, com os contratos firmados, aumentar significativamente sua presença no mercado OEM

Chamado popularmente de “ventoinha”, o CFM é muito mais do que o seu apelido indica. Trata-se de um sofisticado módulo controlado eletronicamente, que tem a função de refrigerar o radiador e o fluido de arrefecimento que circula em seu interior. Instalado próximo ao motor, opera em temperaturas médias entre 80°C e 120°C, auxiliando no resfriamento dos demais componentes mecânicos e garantindo um gerenciamento térmico eficiente.

Equipamento complexo

Os módulos CFM da Brose são compostos por uma estrutura plástica, denominada defletor, e uma hélice, acoplada a um motor. Este possui eletrônica e software embarcados, que controlam o funcionamento da hélice, que irá gerar a ventilação necessária para o resfriamento do radiador.

O desenvolvimento do módulo CFM completo é complexo. Envolve estudos realizados nos centros de excelência do Grupo Brose ao redor do mundo, em conjunto com a engenharia do Brasil. Entre eles, estão estudos de aerodinâmica, simulações virtuais e testes com protótipos.

Para serem homologadas, as peças passam por testes de durabilidade, em câmaras climáticas, com temperaturas de operação extremas, de -40°C a 120°C; e acústicos, em câmaras anecoicas, à prova de barulhos externos, que medem o nível de ruído gerado pelo conjunto durante seu funcionamento.

Para atender às demandas do mercado, a Brose possui amplo portfólio de produtos, com diversas configurações de CFM, incluindo diferentes opções de defletores, motores, hélices e sistemas eletrônicos, compatíveis com grande variedade de veículos.

“Baseado nos requisitos locais, desenvolvemos a melhor solução técnica, combinando esse portfólio de componentes. E quando há necessidade, desenvolvemos soluções customizadas, por meio dos componentes que dispomos globalmente”, destaca Marc Reydams, head de Engenharia e Inovação da Brose do Brasil. “Também somos responsáveis pela transferência de informações aos clientes. Assim, garantimos que o que está sendo feito pelas equipes globais esteja alinhado com as demandas locais”.

Entre as principais características dos sistemas CFM da Brose, destaca-se a tecnologia brushless, que dispensa o uso de escovas. Isso garante um motor mais leve, com maior eficiência e alta durabilidade. No mundo, 2/3 das montadoras já adotaram a tecnologia como padrão.

O conceito flex blade, outro diferencial da Brose, permite a utilização de hélices com design customizado, menores e mais compactas, mas com a mesma eficiência de uma maior, proporcionando melhor performance aerodinâmica e menor ruído. As peças plásticas são produzidas em polipropileno e poliamida que, combinadas com resinas recicladas, garantem resistência ao conjunto, mesmo em altas temperaturas, além de contribuírem para a redução do descarte de resíduos durante o processo de manufatura.

Essa expertise permite à Brose entregar um produto de alta qualidade, atingindo os mais elevados padrões de NVH (combinação de requisitos de ruído e vibração), performance e eficiência energética. Consequentemente, contribui para o conforto ao dirigir, redução dos custos de manutenção e menor consumo de combustível, refletindo na satisfação do consumidor final. Além disso, os módulos da marca apresentam alto nível de confiabilidade, qualidade e robustez ao longo de toda a vida útil.

Carros elétricos e híbridos

Além dos carros a combustão, o Grupo Brose trabalha para equipar carros elétricos e híbridos com seus módulos de refrigeração, em projetos desenvolvidos com as montadoras em outros países. Segundo Reydams, a tecnologia disponível atualmente permite o fornecimento para esses modelos, necessitando adequações aos requerimentos de aplicações, devido às diferenças entre as motorizações.

“A demanda por controle térmico é a mesma. O que pode mudar é a localização do CFM que, em alguns veículos, pode ir para a parte traseira, devido ao posicionamento das baterias. O sistema continuará existindo, seja motor a combustão, elétrico, híbrido ou a hidrogênio, pois a necessidade do controle térmico permanecerá”, explica.

O executivo acrescenta que a composição do sistema não sofre alterações em relação à estrutura, eletrônica e demais componentes utilizados, em comparação ao que é oferecido para a motorização a combustão.

Caso haja demandas das aplicações para veículos elétricos ou híbridos fabricados no Brasil, a Brose está pronta para oferecer a tecnologia e o know-how para equipar modelos com essas motorizações, a serem lançados nos próximos anos. (Foto: Brose/Divulgação).

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