O governador Roberto Requião autorizou, nesta quinta-feira (27), convênio de cooperação entre a Secretaria de Assuntos Estratégicos e a Associação de Pais e Mestres e Funcionários do Colégio Estadual Efigênia de Paula Luz para a construção de um telecentro Paranavegar no assentamento São Luiz II, no município de Sapopema, Norte Pioneiro do Estado.
Criados normalmente através de parcerias com as prefeituras ? que cedem a estrutura física e são responsáveis pela sua manutenção ? os telecentros representam o principal instrumento para inclusão digital da população, mantido pelo Governo do Estado. Neles, é possível o acesso gratuito a internet e o aprendizado de informática através da instrução de monitores formados a partir da escolha de voluntários da própria comunidade. ?Além dos municípios com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), nós queremos atingir as populações pobres, por isso a instalação em assentamentos de trabalhadores rurais sem terra, aldeias e áreas de remanescentes de quilombos?, explica o secretário para Assuntos Estratégicos, Nizan Pereira.
Atualmente, existem 70 telecentros em todo o Estado. Sete estão instalados dentro das Bibliotecas Cidadãs, projeto desenvolvido em parceria com a Secretaria da Cultura com objetivo de dotar todos os municípios do Paraná com uma biblioteca pública. ?Nosso objetivo é inaugurar mais 20 até o fim do ano?, afirma Nizan, lembrando que os 50 municípios com os piores IDHs do estado já possuem seu telecentro, em instalações próprias ou incluídos em bibliotecas.
Os telecentros têm ainda uma terceira categoria desenvolvida especialmente para as pessoas com dificuldade de acessibilidade. Pertencem a esta categoria os telecentros instalados no Instituto para Cegos de Curitiba, na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e na Biblioteca Pública do Paraná, também na capital paranaense.
Começo
A instalação dos telecentros começou em maio de 2003. Assim como outros projetos de assistência social direta como o Leite das Crianças, que prevê um litro de leite para cada criança pobre com 6 a 36 meses de idade, e o Luz Fraterna ? que reduz a zero o custo cobrado pelo consumo de energia elétrica pelas famílias baixa renda ? o programa foi iniciado simbolicamente a partir dos municípios que detinham, então, os piores IDHs do Estado: Ortigueira e Ventania.
O treinamento do pessoal e o fornecimento de hardware ? computadores e equipamentos periféricos ? e de software ? os programas de computador ? estão a cargo da Secretaria de Assuntos Estratégicos através da Companhia de Informática do Paraná (Celepar). O Governo do Estado dá preferência, nos telecentros e na estrutura administrativa, para softwares ?livres?, que podem ser utilizados e modificados de acordo com as necessidades do usuários sem a necessidade do pagamento de licença.
A escolha deste tipo de software e o treinamento dos instrutores também fazem parte do plano de inclusão, uma vez que os programas podem ser copiados livremente e os ?professores? podem ser tornar multiplicadores tanto do conhecimento como do instrumento de tecnologia da informação. ?Após treinamento e instalação dos equipamentos e softwares, um conselho da Celepar acompanha a atuação desses monitores?, ressalta o gerente para inclusão digital da companhia, Nelson Cândido.