Assassinos de policial morto no Centro de Curitiba são presos

A equipe da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos prendeu os assassinos do investigador Bernardo Braga Lacerda, 42 anos, morto há quinze dias no Centro de Curitiba, em uma tentativa de assalto. Roberto Carlos Campos, o “Amaral”, 19, Wellington Luiz de Assis Flores, 18, e um adolescente de 17 anos estão presos.

Ailton Pereira de Araújo, 18, foi detido por ter alugado a arma do crime aos assaltantes, mas foi liberado depois de ser ouvido. Além deles, dois envolvidos no crime ainda estão foragidos. Um deles é o receptador Marciano da Silva Maira, 29, que tem mandado de prisão decretado pela Justiça. Um outro integrante da quadrilha, conhecido por “Leleu”, também é procurado.

As investigações começaram logo após a morte do policial, no dia 17 de junho, por volta das 18h30, no cruzamento entre as ruas Desembargador Motta e Saldanha Marinho. “O caso foi solucionado com rapidez, porque mobilizamos várias equipes policiais e, como teve muita repercussão na mídia, as pessoas, sabendo do crime, vieram ao nosso encontro denunciar e dar pistas do paradeiro deles”, explica o delegado-titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Hamilton Cordeiro da Paz Junior. “Em geral, a polícia tem dado uma resposta maior aos crimes violentos, não só ao caso do nosso colega Lacerda, que, aliás, era um policial muito valioso para a corporação”, acrescenta o delegado geral da Polícia Civil, Jorge Azôr.

Os policiais prenderam “Amaral” na quarta-feira em Santa Felicidade e ele confessou ter assassinado o investigador. “Ele contou que o investigador tentou retirar sua arma e, por isso, atirou. Uma vez na perna, a outra, na testa”, conta Paz. Com a identificação de Amaral, ficou fácil encontrar os outros integrantes, todos moradores do Jardim Holandês, em Piraquara. Lá, os policiais prenderam Wellington e o adolescente. Em seguida, foram até a casa de Ailton, onde foi encontrada a arma do crime, escondida no sofá. O rapaz foi preso em flagrante.

Segundo o delegado, Amaral confessou que o grupo receberia R$ 500,00 de Marciano para roubar um Golf. “Eles eram ladrões de toca-fita e estações-tubo, não tinham experiência em roubo de carros, nem sabiam dirigir”. Ainda de acordo com o delegado, Amaral, Carlos Eduardo e o adolescente procuraram por Ailton Pereira de Araújo, cavalariço do Jockey Clube, para alugar o revólver, calibre 32, usado no crime. Em seguida, foram ao centro da cidade.

Por volta das 18h, Amaral e o menor roubaram o Golf, placa ASI-1114, na rua Brigadeiro Franco, enquanto Wellington e Carlos Eduardo davam cobertura. Porém, Amaral não sabia dirigir e bateu o carro em uma floreira, poucos metros depois. Eles abandonaram o Golf e saíram à procura de outro veículo para roubar. Sem saber que se tratava de uma viatura policial descaracterizada, os assaltantes deram voz de assalto ao investigador que estava no carro, falando ao celular. Amaral mandou o investigador para o banco de trás, Lacerda reagiu e foi baleado na perna e na cabeça. O investigador havia acabado de participar de uma operação policial no Centro e voltava para a delegacia.

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