O deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) subiu há pouco à tribuna da Câmara para denunciar que seus telefones estão sendo "grampeados". Furioso, ele disse ter recebido a informação de "mais de uma fonte, inclusive um senador", de que a espionagem estaria sendo feito "extraoficialmente" por integrantes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
ACM Neto classificou o "grampo" como uma represália à sua atuação na CPI dos Correios e afirmou que não vai "recuar um milímetro" no seu trabalho de investigação, Disse ainda que levará a denúncia ainda hoje ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos para pedir providências.
Da tribuna, o deputado lembrou discurso feito na véspera pelo líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), que denunciou ameaças que estariam sendo feitas a ele e a sua família e disse ser capaz de "bater na cara" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se seus familiares sofressem algum tipo de violência. "Se mexerem comigo ou com os meus, eu topo a briga. Me junto ao senador Arthur Virgílio e, se necessário, dou uma surra em quem estiver fazendo isso. Não há hipótese de eu recuar", disse ACM Neto.
O deputado disse ainda que vai levar o assunto à CPI dos Correios e propor a convocação do ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Jorge Armando Felix, a quem a Abin está subordinada, para que ele explique o episódio.